No dia 27 de março circulou pelas redes sociais um texto da direção majoritária da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) fazendo várias calúnias ao PSTU. A principal é que diretores da APEOESP, militantes do PSTU estariam “percorrendo regiões onde a categoria está mobilizada para a greve de 19 de abril, a fim de colocar em dúvida o movimento”.

O motivo,segundo a nota, é que os militantes do PSTU estariam “inconformados pelo fato de sua proposta contra a greve ter perdido a votação na assembleia dos professores do dia 15 de março.” O motivo de toda agressividade e calúnia da direção majoritária da APEOESP ao PSTU é exposta logo no segundo parágrafo da nota, quando escrevem que “ um de seus integrantes(do PSTU) esteve, por exemplo, em escolas da Subsede de Piracicaba, à qual pertence a Presidenta da APEOESP, não para mobilizar os professores para a greve, como é papel de um dirigente da entidade, mas para tentar desmobilizá-los.”

O que defenderam os militantes do PSTU
na assembleia de 15 de março?

Na assembleia de 15 março ocorreram duas votações. A primeira foi uma votação unânime a favor da greve. Portanto, todos os professores presentes se posicionaram pela necessidade da greve para enfrentar o governo Alckmin/Herman. Em seguida ocorreu uma segunda votação, sobre qual calendário de luta de nossa categoria. Os militantes do PSTU, que militam na Oposição Alternativa, defenderam que o melhor calendário para organizar nossa luta seria nos apoiarmos na greve nacional convocada pela CNTE e na Marcha Nacional a Brasília. Como a Greve Nacional ocorrerá nos dias 23, 24 e 25 de abril e a Marcha Nacional será no dia 24 de Abril, defendemos que no dia 23 ocorressem reuniões com pais e acomunidade, no dia 24 fosse uma representação de 10 ônibus para a Marcha a Brasília e que os demais professores realizassem panfletagens no entorno das escolas, no dia 25 atos regionais e nova assembleia estadual no dia 26 de abril, sexta feira.

A assembleia aprovou o indicativo de greve para o dia 19 de abril com nova assembleia na Avenida Paulista. Desde a decisão da assembleia, os militantes do PSTU e de toda Oposição estão visitando escolas, realizando atos e reuniões para construir a greve do dia 19 de abril. Fizemos isso no próprio dia 15 de março durante ato em frente à SEE, defendendo a decisão da assembleia que é soberana. Defendemos a democracia operária e militamos para construir o que foi decidido pela categoria em suas instâncias, diferente da corrente majoritária da APEOESP que boicota as decisões de assembleia quando são contrárias aos seus interesses, como ocorreu em 7 de outubro de 2011, boicotando o ato dos professores na SEE.

O PSTU publicou um jornal de apoio à luta dos professores nas reuniões de RE do dia 27 de março e seguirá em todo estado construindo a greve da categoria. Não acreditamos que existam “feudos” e iremos continuar organizando a categoria em todo estado. Não existe subsede da Presidenta e subsede da Oposição, assim como não aceitamos tratamento diferenciado entre efetivos, categoria F e categoria O. Somos todos professores e todas as subsedes da APEOESP pertence a toda a categoria e todos os militantes devem visitar todas as escolas que puderem, para construir a greve, na capital, grande São Paulo e interior. Defendemos a unidade de todos os grupos que militam na APEOESP para construir a greve do dia 19 de abril contra Alckmin/Herman.

Quem ganha com essas calúnias é Alckmin/Herman
Estas calúnias ocorrem, pois existe um fortalecimento da Oposição em todo o estado. Os professores sabem que a direção majoritária da APEOESP, ao defender as políticas do MEC aqui em São Paulo, não vão a fundo, por exemplo, contra o ensino médio integral, pois todos sabemos que o Governo Federal é fiador deste projeto. O fato de a direção majoritária da APEOESP ter escolhido o PSTU como seu inimigo e não o governo Alckmin/Herman só pode ser explicado pelo desespero em tentar justificar seu imobilismo e incapacidade de organizar a luta de nossa categoria.

Para Derrotar Alckmin/Herman: Todos à Paulista no dia 19 de abril
É necessário derrotar Alckmin/Herman, e construir uma grande assembleia na Paulista no dia 19 de abril. Defendemos 36,74% de reposição salarial já; estabilidade a todos os professores, Trabalho Igual e Direitos Iguais; Imediata aplicação de 1/3 de hora-atividade rumo aos 50%, Contra a Farsa da Escola de Tempo Integral, por 10% do PIB para a educação pública já e contra o PNE privatista do governo Federal.

Unir todos que querem lutar contra Alckmin/Herman e repudiar as calúnias contra o PSTU!

João Zafalão é Secretário de Política Sindical da APEOESP