Na noite da última quarta-feira, 1º de outubro, o candidato a vereador de são Paulo (SP) pela Frente de Esquerda Dirceu Travesso (PSTU) participou de um bate-papo com estudantes de História da Universidade de São Paulo (USP). Cerca de 60 pessoas estiveram presentes no espaço Aquário da Historia para conversar com o candidato. Também participou Plínio de Arruda Sampaio, importante intelectual da esquerda e apoiador de Dirceu.

Plínio abriu as falas. Ele declarou que as eleições não devem ser prioridade para os trabalhadores, mas que é muito importante e útil ter uma voz de esquerda na Câmara dos Vereadores. Ele disse que é necessário mostrar a alternativa dos trabalhadores.

Dirceu falou sobre o financiamento milionário da maioria das campanhas. Ele disse que elas são movidas a dinheiro e citou a Gerdau, uma das maiores doadoras de campanha no país. Infelizmente, o PSOL do Rio Grande do Sul recebeu verba dessa empresa. Para ele, o financiamento pelos próprios militantes e apoiadores deve ser um dos critérios para estabelecer uma candidatura dos trabalhadores.

Sobre isso, Plínio declarou que ainda é uma batalha no interior do PSOL o combate pela independência de classe. Dirceu lembrou, por exemplo, que o primeiro programa de TV de Ivan Valente (PSOL), candidato a prefeito de são Paulo pela Frente, foi justamente sobre o tema do financiamento.

Dirceu explicou, também, como deve funcionar um mandato revolucionário e deixou claro que sua candidatura deve estar a serviço das lutas. Ele falou ainda sobre o tema que mais tem sido notícia no momento e que traz graves reflexos para a classe trabalhadora: a crise econômica.

Após sua fala, um funcionário da USP declarou voto no candidato. Ele elogiou o debate e disse que havia se decidido ali. Contou que foi petista por dez anos, mas agora está muito triste com o governo. Porém, acrescentou que candidaturas como a da Frente de Esquerda levantam o ânimo dos trabalhadores novamente.

Um estudante que participou da atividade disse que “o debate foi muito bom, muito profundo, o Plínio e o Dirceu falaram da estratégia dos trabalhadores e da juventude, demonstrando que os candidatos socialistas devem aparecer para a população, mas sem perder princípios e sem enganar os trabalhadores, que só podem conquistar mudanças com mobilização”.