O Opinião Socialista conversou com Dirceu Travesso, da direção estadual da CUT, pela oposição, e da Direção Nacional do PSTU. Travesso fala sobre o caráter dos Encontros e explica como está a organização em São Paulo.

Opinião – Como está sendo articulado o encontro no estado, e qual a importância desta reunião após o encontro nacional em Luziânia?

Dirceu Travesso – Em São Paulo vamos realizar o Encontro no dia 24 de abril. Já tínhamos realizado reuniões para discutir a organização da luta. Mas o Encontro Nacional Sindical foi um marco por mostrar o potencial de mobilização e unificação que podemos conseguir em todo o país, caso tomemos iniciativas e façamos um chamado amplo a todos aqueles que queiram lutar contra os ataques aos direitos dos trabalhadores, e contra a concentração do poder de negociação e de decisão nas mãos das centrais sindicais.

Quais as entidades envolvidas na organização do Encontro no estado de São Paulo? Já existe uma coordenação local?

Estão participando entidades dos servidores federais e das universidades estaduais que lutaram contra a reforma da Previdência. Estamos incorporando vários sindicatos de trabalhadores municipais. Também há a incorporação de setores da iniciativa privada, como os cerca de 16 sindicatos de Gráficos do estado além dos Metalúrgicos e Alimentação de São José dos Campos, Bancários de Bauru e Sinpro (sindicato dos professores da rede particular) Guarulhos. Também irão os setores de oposições, ou de minorias em diretorias de entidades ou de companheiros que estão se organizando desde a base, como a Oposição Alternativa da Apeoesp, o Alternativa Muda Sinpeem (sindicato dos profissionais da Educação do município de São Paulo), o setores dos bancários de São Paulo, dos metalúrgicos do ABC, do Sindsaúde, de petroleiros, advogados, metalúrgicos de Campinas, previdenciários e vários outros setores. Tivemos também a adesão dos companheiros da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo que é muito importante para o fortalecimento deste processo.

Quais as expectativas para o encontro e como pretendem organizar o movimento?

Acreditamos que reuniremos cerca de 800 a 1.000 participantes. Queremos potencializar a preparação do 1º de maio de luta.. E a outra tarefa do Encontro é preparar uma grande manifestação em Brasília no dia 16 de junho para barrar essa reforma Sindical e Trabalhista.

Precisamos também avançar em uma coordenação que organize a luta contra a reforma do governo Lula e consiga ter iniciativas nas várias lutas que já estão acontecendo. Campanhas salariais, como a Greve da Polícia Federal, mobilizações dos Federais e outras lutas que tem se dado de forma atomizada precisam ser apoiadas, articuladas e, inclusive, unificadas. Esse é outra desafio que estará colocado aos que se reunirão.

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