A eleição de Dilma Rousseff para a Presidência resgatou a idéia falsa, difundida pelas elites, de que o machismo foi superado. Mas isso não é verdade. As mulheres trabalhadoras continuam obedecendo a uma dupla jornada de trabalho, no emprego e em casa. São as que ganham menos para uma mesma tarefa executada por um homem. São as maiores vítimas do assédio moral e sexual.

A verdadeira igualdade entre homens e mulheres só será possível com o fim da sociedade dividida em classes. Dilma não tem como perspectiva de governo fazer isso. Mesmo sendo mulher, segue defendendo os interesses das elites brancas e machistas que sempre governaram nosso país. Só para se ter uma idéia, Dilma já fala em voltar com a CPMF e aprovar uma nova reforma da Previdência para retirar direitos.

Por isso, dizemos que a eleição de Dilma, para as trabalhadoras, não significou uma vitória. O maior exemplo foi o recuo da candidata em bandeiras históricas da esquerda, como o aborto e os direitos GLBT. Dilma e o PT aceitaram as agendas religiosas e reacionárias, dando margem a um retrocesso na consciência das mulheres, em especial.

Apesar de mulher, Dilma defenderá o projeto daqueles que financiaram suas campanhas, ou seja, empresários, banqueiros e latifundiários. Dará continuidade aos projetos de ataques aos trabalhadores, com a reforma da Previdência, já anunciada.
Por isso, não podemos esperar nada de Dilma. Vamos às ruas pelos nossos direitos.

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