O acordão que está sendo costurado em Brasília entre o governo e a oposição burguesa já está dando seus primeiros frutos. A pizza, como já discutimos, tem o objetivo, para os dois blocos, de desviar toda a crise política para as eleições de 2006, sem questionar o mandato de Lula e tampouco a política econômica neoliberal.

A oposição burguesa tem a grande vantagem de poder se enfrentar com um governo enfraquecido com as denúncias de corrupção, sem se ver ameaçada pela continuidade das investigações (que apontariam as mesmas práticas do PSDB e PFL) ou então, por uma grande crise semelhante à da Bolívia ou Equador. O PT e o PCdoB têm a grande vantagem de se safar da crise preservando o mandato de Lula.

Aproveitando-se desse clima, o governo passou à contra-ofensiva, com a eleição de Aldo Rebelo, utilizando-se do mesmo método de compra escandalosa de votos dos deputados.

Agora, os resultados estão à vista: esvaziamento das CPI’s, adiamento dos processos de cassação dos deputados. É o acordão em curso, com a ajuda da grande imprensa.
Além disso, o governo e a oposição estão juntos em outra armação contrária aos interesses dos trabalhadores e do povo brasileiro. O referendo de 23 de outubro busca acabar com o direito democrático da compra de armas pelo povo. Os bandidos não serão desarmados. A burguesia já conta com suas empresas particulares de segurança armada. Só os trabalhadores serão impedidos de comprar armas. A propaganda na TV, das duas frentes parlamentares, é feita pelos bandidos de colarinho branco do parlamento.

Nós do PSTU dizemos não ao acordão e dizemos também não ao desarmamento. Fora todos!

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    Post author Editorial do jornal Opinião Socialista 235
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