Solidariedade e apio nas lutas entre servidores e estudantes
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O dia 17 de abril, em Florianópolis, foi marcado pela retomada de importantes lutas na cidade, com debates acalorados e importantes encaminhamentos para as lutas da juventude.

Na UFSC, o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (SINTUFSC) organizou uma paralisação contra o PAC e lançou a sua campanha salarial 2007, com atividades durante todo o dia. Com a falta do Restaurante Universitário (RU), estudantes iniciaram uma manifestação espontânea que começou com a reivindicação de almoço à Reitoria, acabando por se transformar num ato que apoiou a luta dos técnico-administrativos e se chocou com o DCE e a Reitoria.

Os estudantes indignados, ao som de “Ô DCE, vem pra luta, para de jogar sinuca”, retiraram as mesas de sinuca da entidade e as levaram até a Reitoria, numa ação clara de repúdio ao imobilismo e ligação do Diretório com a mesma. Neste momento foi realizada uma assembléia que contou com cerca de 100 estudantes e a participação de diretores do DCE que se enfrentaram com o movimento. No ato, ainda foi feito um chamado à construção da luta contra a reforma universitária do governo Lula. Os estudantes aprovaram a realização de uma plenária a se realizar na noite do mesmo dia.

À noite, na plenária, compareceram mais de 50 estudantes, diversos Centros Acadêmicos. Prevaleceu um grande sentimento de vitória do movimento estudantil combativo, culminando na formação do Comitê contra a Reforma Universitária da UFSC, com a perspectiva de unificar as lutas que vêm acontecendo e construir a Frente Nacional de Luta Contra a Reforma Universitária.

Secundaristas
Para os estudantes secundaristas, o dia também foi de muita mobilização. Na maior escola do Estado, o Instituto Estadual de Educação (IEE), foram construídos atos e assembléias durante todo o dia. A principal reivindicação foi pela posse do diretor eleito democraticamente no ano passado contra o interventor indicado pelo governo estadual. No final da tarde a mobilização recebeu o apoio dos Servidores Federais em luta, que foram impedidos de entrar no Colégio.

Unificar as lutas e construir o novo movimento estudantil
A organização dos estudantes, que vem se desenvolvendo, não pode parar. É preciso fortalecer a luta contra o desmonte da educação aplicado pelos governos estadual e federal, com o Comitê contra a Reforma Universitária na UFSC e a reconstrução do Grêmio Estudantil do IEE.

É preciso, porém, ir além e impulsionar nacionalmente o novo movimento estudantil democrático e de luta, independente de Reitoria, direção de escola ou Governo. Por isso, é muito importante a construção da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária, mas acreditamos numa alternativa superior à UNE e, em Santa Catarina, à UCE, mortas para as lutas, como vem sendo mostrado cotidianamente em nossas ações. Parte dessa alternativa é o fortalecimento da Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes, como uma ferramenta a serviço do novo movimento estudantil.

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