No Brasil, a cada 15 segundos, uma mulher é agredida em seu lar por uma pessoa com quem mantém algum tipo de relação. De cada 10 mulheres agredidas, sete foram vítimas de seus companheiros.

Muito além das estatísticas, a violência que as trabalhadoras enfrentam todos os dias em todas as esferas é silenciada ou escondida. Desde a escola até os locais de trabalho, a mulher é obrigada a conviver com o assédio e a subestimação.

As lésbicas sofrem agressões com bastante freqüência, e muitas vezes não demonstram publicamente carinho com relação às namoradas por medo de sofrerem violência. Quando unimos a essa situação ao racismo, veremos que a exploração capitalista faz com que as mulheres negras sejam as mais pobres, as que trabalham mais horas, as que mais adoecem, as que possuem os piores trabalhos e as que recebem os menores salários.

Lei Maria da Penha não corrige distorções
Às vésperas da eleição, Lula aprovou a Lei Maria da Penha , que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar. Porém, em 2006, os recursos para o Programa de Combate à Violência contra as Mulheres foram extremamente escassos. E em 2007, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual encaminhado ao Congresso, o governo ainda reduziu em 42% os recursos previstos para ele.

Além disso, não podemos esquecer os ataques do governo com as reformas que provocam desemprego e o aumento da miséria e que afetam ainda mais as mulheres.

Essa lei não garante de fato a punição ao agressor, assim como não garante os serviços essenciais à mulher que sofre agressão, como casas abrigo, creches, assistência médica e psicológica, centros de referência com profissionais capacitados e estabilidade remunerada no emprego.

Para que as mulheres conquistem os recursos necessários, é necessário questionar o papel cumprido pelo governo, que em nome do pagamento das dívidas, cortou 42% do orçamento destinado aos programas de combate à violência contra a mulher. Do restante previsto para a aplicação em 2007, até agora, somente 4% foi investido.

Para lutar contra a opressão da mulher, é preciso que lutemos contra essa lógica de exploração. É preciso lutar contra o capitalismo, contra esses governos neoliberais, e contra seus braços armados dentro do movimento.

O dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Luta contra a Violência sofrida pelas Mulheres. Este não é um dia de comemorações, mas de lutas pelo fim da violência, das desigualdades, das opressões e da exploração capitalista.

  • Por casas abrigo, ampla assistência às mulheres e pleno emprego a todos os trabalhadores!
  • Punição exemplar aos agressores!

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