Protesto em Brasília em 2013
Redação

Agora é preparar a ida a Brasília e exigir a organização de uma Greve Geral de 48 horas

As centrais sindicais reunidas na tarde desse 8 de maio, segunda-feira, em São Paulo, bateram o martelo na data de um grande protesto em Brasília contra as reformas da Previdência, trabalhista e pela revogação da lei das terceirizações: 24 de maio.

A reunião reafirmou o calendário de mobilizações já definidas anteriormente: caravana de dirigentes sindicais ao Congresso Nacional de 8 a 12 de maio, mobilização das categorias em luta de 15 a 19, e agora uma manifestação massiva para ocupar Brasília no dia 24, quarta-feira.

As centrais definiram o dia 24 para ocuparmos Brasília, que é a data em que o governo vai tentar votar a reforma da Previdência na Câmara“, afirma Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas. A fragilidade do governo e a força do movimento, demonstrada na Greve Geral de 28 de abril, impuseram um adiamento do calendário das reformas, e a possibilidade de uma preparação maior para as mobilizações. Durante a jornada de lutas em Brasília, as centrais devem debater a data de uma nova Greve Geral, agora de 48 horas.

Precisamos seguir realizando as reuniões dos comitês de luta contra as reformas, organizando os comitês onde não tem, para preparar a ida a Brasília e discutir a realização de uma Greve Geral de 48 horas“, afirma o dirigente. “É preciso votar nos sindicatos, nas assembleias das categorias e nos comitês, não só a ida a Brasília, mas a realização imediata da Greve Geral de 48 horas“, reafirma, pressionando as direções das centrais a marcá-la o mais rápido possível.

Nenhuma negociação, abaixo as reformas!
Nós da CSP-Conlutas vamos jogar todo o peso possível para o dia 24 e estamos exigindo que, até lá, já tenhamos a data de uma nova Greve Geral“, afirma ainda Atnágoras. “Ao mesmo tempo, vamos denunciar qualquer dirigente, seja de central ou sindicato, que faça ou defenda qualquer negociação com o governo em relação às reformas, pois isso é virar as costas para os trabalhadores, que já demonstraram a disposição de fazer uma Greve Geral maior que a que fizemos para derrotar as reformas por inteiro”, disse.

O governo Temer e esse Congresso Nacional de corruptos, ao mesmo tempo em que são obrigados a adiarem seus planos por conta das mobilizações, reafirmam seu compromisso em aprovar as reformas. A hora agora é de tomar Brasília e o Congresso, como o povo paraguaio fez, e exigir a aprovação da Greve Geral de dois dias. “Como esse governo que tem 4% de apoio e não representa o povo quer acabar com a nossa aposentadoria? Não basta só ocupar com centenas de milhares Brasília, esses corruptos safados representam as empresas, multinacionais, empreiteiras, bancos e o agronegócio; vamos parar o Brasil de novo, desta vez por 48 horas, vamos derrubar não só as reformas, mas todos eles!“, afirma o dirigente.