O dia 23 de maio, realizado pelo fórum local contra as reformas neoliberais de Lula, começou com a paralisação, das 10h às 12h, dos trabalhadores do PAM da Codajas, ligados ao Sindsprev, que reuniu cerca de 35 profissionais e foi bastante participativa. Os oradores fizeram suas intervenções denunciando as reformas de Lula que retiram direitos dos trabalhadores e precarizam o serviço público, prejudicando ainda mais a população pobre do país.

Entre outros oradores, falou o companheiro Giba, militante do PSTU, representando a oposição de professores. Sidney, diretor do Sindisprev, fez sua fala relacionando os ataques do governo Lula contra os direitos dos trabalhadores às políticas implementadas por Eduardo Braga (PPS) e Serafim Corrêa (PSB), nos governos estadual e municipal, respectivamente.

Ao mesmo tempo, a Conlute-Am, realizava a ocupação da reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com cerca de 40 estudantes. A pressão dos estudantes e a presença da imprensa obrigaram o reitor a discutir a pauta apresentada pelo movimento estudantil. Esta atividade foi coordenada nacionalmente pela Conlute. Pela tarde, todo o setor universitário e convidados se dirigiram para o ato público no centro da capital.

O ato, que teve início às 16h, reuniu cerca 150 pessoas na Praça do Congresso. Estiveram presentes com suas faixas e bandeiras Sifam, Sinasefe, Sindsprev, Sintect-AM, Andes, MSTL, Conlute e Oposição de Professores, além dos partidos PSTU e PSOL. Foi uma grande vitória contra a política da Frente Popular, liderada pelo PT, pois fez parte de uma luta articulada nacionalmente, envolvendo movimento sindical, popular, campesino e estudantil, principalmente porque deixou explícito que a reorganização do movimento dos trabalhadores também esta se dando em Manaus. Esta vitória ganha mais importância quando comparada ao ato solitário realizado pela CUT-AM, no qual havia, no máximo, 30 pessoas, em frente à TV Amazonas.

No encerramento do ato, foi proposta uma reunião de avaliação para o dia 29 de maio. Neste encontro, além do balanço da atividade do dia 23, deve-se discutir os próximos passos a serem dados e a consolidação do Fórum Contra as Reformas no Estado do Amazonas.

A animação dos presentes, a disposição de continuar lutando, a certeza que a luta é contra o governo e seus aliados, que o papel das entidades presentes é de impulsionar cada vez mais as lutas, que a unidade da classe trabalhadora frente à luta duríssima que se avizinha é imprescindível, tudo isso tranforma o dia 23 de maio num marco que sinaliza um novo momento para as lutas.