A resistência dos povos contra a rapinagem imperialista nos mostra que, para barrar a entrega de reservas brasileiras, é preciso mobilização. A resistência à ocupação do Iraque vem ocupando cidades inteiras, impedindo o acesso aos poços de petróleo. Na América Latina, que fornece 50% do petróleo consumido pelos EUA, a situação em relação aos hidrocarbonetos (derivados de gás e petróleo) não é muito diferente. Em toda a região, ocorrem fortes enfrentamentos. O povo boliviano é um exemplo de mobilização contra a entrega dos recursos naturais e energéticos de seu país. A luta brasileira é a mesma luta antiimperialista.

Para organizar internacionalmente essa luta, ocorreu em La Paz (Bolívia), entre 12 e 14 de agosto, o Encontro Continental pela Nacionalização dos Hidrocarbonetos na Bolívia, Contra as Privatizações e em Defesa da Soberania Nacional de Nossos Povos. No Encontro, participaram 272 delegados de 15 países. O PSTU e a Conlutas estiveram presentes, assim como diversas organizações da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI).

O encontro convocou uma jornada internacional pela nacionalização para o dia 17 de outubro. Nesse dia, aniversário da derrubada do ex-presidente Lozada na Bolívia, ocorrerão atos em diversas cidades latino-americanas. No Brasil, a jornada acontece no mesmo dia da 7ª rodada de licitações. Os petroleiros em greve devem levantar também essa bandeira. Vamos às ruas lutar contra a entrega de nossa soberania.

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