As principais centrais sindicais e movimentos sociais do país vão fazer, nesta sexta-feira, 14 de agosto, um Dia Nacional de Lutas e Paralisações. Reuniões, plenárias e panfletagens preparam a mobilização em todo o país. Os trabalhadores vão às ruas contra os efeitos da crise econômica e em defesa dos empregos e dos salários.

A Conlutas vai levantar suas próprias bandeiras, como a exigência da proibição das demissões pelo governo Lula, além da redução da jornada de trabalho sem redução de salários e as campanhas pela reestatização da Embraer, contra a privatização dos Correios e por uma Petrobrás 100% estatal. Além disso, ao contrário da CUT, a Conlutas vai exigir “Fora Sarney” e o fim do Senado corrupto.

É um dia em que será determinante a participação das categorias em luta, como petroleiros, metalúrgicos, bancários e os trabalhadores dos Correios, unificando suas campanhas salariais com as lutas gerais.

O Movimento Mulheres em Luta – Conlutas vai participar com força, exigindo a licença-maternidade de seis meses, obrigatória para todas as trabalhadoras e sem isenção de impostos, e creches nos locais de trabalho e estudo.

Em São Paulo, um grande ato está marcado para as 10h na Avenida Paulista, centro financeiro do país.

No Rio de Janeiro, na segunda-feira, 10, uma plenária na sede da Fasp, às 18h, acerta os últimos detalhes para o ato unificado, que acontece no dia 14, às 12h, em frente à Petrobras. A concentração é às 10h na Candelária.

No Rio Grande do Sul, haverá manifestações em Canoas e Pelotas. Em Porto Alegre, um ato unificado incorporará o tema do “Fora Yeda”. O movimento pede a queda governadora gaúcha, Yeda Crusius (PSDB), envolvida em escândalos de corrupção.

Em Minas Gerais, uma manifestação deverá reunir várias categorias que estão em campanha salarial: saúde, professores, metalúrgicos. Um ato central será realizado na Praça 7. Em Goiás, o ato será na Praça Cívica, às 8h.

Em Cuiabá (MT), os servidores do judiciário federal vão fazer paralisação e manifestação de rua. Em Campo Grande (MS), trabalhadores do campo e da cidade preparam um ato social e político na Praça Ary Coelho.

No Pará, vai ser um dia de paralisação dos trabalhadores da construção civil. Eles pretendem reunir 3 mil operários numa manifestação centralizada. O MST pode se unir à mobilização.

Em Sergipe, os petroleiros prometem parar suas atividades em algumas áreas da Petrobras. Os terceirizados também se incorporarão aos protestos. O Dia Nacional de Lutas é parte do calendário da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP).

Em Recife, os trabalhadores dos Correios e Telégrafos farão manifestações nas agências.

Atualizado em 11/8/2009, às 12h51