Os metroviários do Distrito Federal, em greve, seguem enfrentando a dureza nas negociações por parte da empresa e do governo. A justiça, provavelmente devido a uma articulação do governo, está tomando iniciativas de antecipar o julgamento do dissídio, antes marcado para o dia 24/01 e agora previsto para ocorrer na próxima terça-feira (17).

Segundo informações do membro da CSP-Conlutas Ricardo Guillen, as iniciativas da justiça são sintomáticas. “Nessa sexta-feira ocorrerá o posicionamento de um juiz sobre a greve, uma espécie de relator, que emitirá um parecer para um colegiado de juízes. O incrível é que esse parecer, de um só juiz, tem força de lei, e tem que ser cumprido. Ao que parece o recurso só cabe ao TST. Provavelmente o colegiado de juízes será antecipado para o dia 17”, salienta Guillen.

O membro da CSP-Conlutas DF ressalta que ao que tudo indica o governo vai se apoiar na justiça para seguir seu posicionamento de não negociar e punir a categoria em greve.

Diante dos últimos informes sobre a greve a CSP-Conlutas orienta a todas as entidades e organizações para intensificarem o envio de moções.

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A cada dia que passa, com as atividades econômicas da cidade voltando à normalidade, depois das festas de fim de ano, a paralisação começa a incomodar mais, pois o fluxo de passageiros está aumentando.

O movimento grevista teve início no dia 12 de dezembro. Cabe ressaltar que a greve reivindica o cumprimento do acordo coletivo e foi julgada legal pela justiça que, determinou o funcionamento de 30% dos trens. A categoria dá uma demonstração de força e de organização ao garantir esse percentual à revelia da direção da empresa.

Na noite de terça-feira, ocorreu a assembléia dos metroviários que remarcou nova assembléia para quinta-feira (12), às 20h.