Nesse último dia 29 ocorreu o tão propalado encontro dos presidentes latino-americanos da Venezuela, Bolívia, Paraguai e Equador em pleno Fórum Social Mundial. Entre os dicursos, nada de novo. O que destoou no encontro foi, porém, a virulência com que o presidente do Equador, Rafael Correa, voltou-se contra os defensores da luta de classes.

Correa afirmou que “não acata a luta de classes” e mais do que isso, instou o público a “eliminar” os que a defendem, com “seus livros antigos”. “São mais inimigos nossos do que a própria direita”, chegou a dizer.

“O problema principal não é a expressão de uma posição pessoal dele, mas sim ele incitar aos movimentos sociais e populares que estavam presentes a ‘eliminar´ os que defendem a luta de classes”, disse Didier Dominique, dirigente da organização haitiana Batay Ouvryie que acompanhava o encontro.

“Foi ao mesmo tempo a expressão da posição burguesa dele e uma declaração de guerra”, denunciou Didier. No mesmo dia em que ocorria o encontro de presidentes, um ativista que trabalhava na Mitsubishi da Venezuela era assassinado, marcando o quadro de crescente polarização política e repressão na América Latina.

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