O governo Temer (PMDB) repete os mesmos passos da presidenta Dilma, do PT. Primeiro, ameaçou com a reforma da Previdência, que foi adiada para o final do ano, devido ao rechaço que gerou entre os trabalhadores. Agora, anuncia que quer mudar as leis trabalhistas: autorizar a terceirização generalizada, flexibilizar a jornada de trabalho e os salários, permitir que as leis trabalhistas possam ser mudadas ou eliminadas na negociação coletiva.
 
A terceirização é a tragédia que precariza todos os postos de trabalho, reduzindo salários e impondo condições de trabalho mais precárias e mais inseguras para todos. A mudança que quer fazer valer os acordos coletivos acima da lei trabalhista (conhecida como a prevalência do negociado sobre o legislado) é, talvez,a mais grave de todas.
 
Se essa mudança for estabelecida, todos os direitos que os trabalhadores têm hoje, garantidos na legislação, estarão disponibilizados para a negociação entre patrões e empregados. Ou seja, o patrão não estaria mais obrigado a cumpri-lo. Poderia negociar com os empregados uma alternativa.
 
Ora, num país que não tem garantia de emprego, não existe negociação livre entre os patrões e os empregados. O empregado está sempre sujeito à chantagem do patrão, que ameaça demiti-lo se não aceitar a negociação. Se somarmos a isso o fato de que a maioria dos sindicatos defende mais o patrão do que o empregado, teremos uma ideia da devastação para os direitos do trabalhador que uma proposta como essa significará.
 
É PRECISO IR À LUTA PARA IMPEDIR ESTES ATAQUES
Unidade de todas as centrais sindicais para fazer um dia nacional de greves e manifestações
Essa é a tarefa que está colocada neste momento. É preciso que todas as centrais sindicais se unam para responder a essas ameaças à aposentadoria e aos direitos trabalhistas. Os trabalhadores têm dado demonstrações, todos os dias, de que querem lutar. Se suas entidades organizam essa luta, podemos derrotar o governo e impedir que os ataques se concretizem.
 
É hora de organizar uma jornada nacional de lutas, um dia de greves e manifestações contra as mudanças nas leis trabalhistas e na aposentadoria, contra o ajuste fiscal, em defesa do emprego e da diminuição dos preços, contra a política econômica que só atende a banqueiros e grandes empresários.
 
As centrais sindicais e os sindicatos de todo o país precisam se unir e abraçar este desafio. E a ele devem se somar também os movimentos populares e sociais. Essa é a nossa opinião.
 
O seis por meia dúzia
Dizíamos antes que tirar Dilma (PT) e colocar Temer (PMDB) no lugar seria trocar o seis pela meia dúzia. Que os dois, e também Cunha, Renan, Aécio Neves (PSDB), defendem os mesmos interesses: de banqueiros e grandes empresários contra os interesses dos trabalhadores.
 
A realidade está tratando de confirmar essa afirmação. Deste mato aí, não sai coelho não.
 
Fora Temer! Fora todos eles!
Eleições gerais já!
Greve geral em defesa dos direitos, da aposentadoria, do emprego, e contra o ajuste fiscal!
 
É disso que nosso país precisa. Essa é a opinião do PSTU.
 

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