Depoimento de ex-tesoureiro tenta livrar PT e governo de qualquer culpaEscudado, assim como Sílvio Pereira, por um hábeas corpus que lhe permitia ficar calado ou até mesmo mentir para se proteger (já que o documento lhe concedia o “direito“ de não assinar sequer o termo de compromisso, que já não garante coisa alguma, que o obrigaria a falar a verdade), Delúbio Soares depôs na tarde do dia 20 de julho à CPI dos Correios, dando continuidade ao farsesco show de cinismo que tem caracterizado os depoimentos e declarações de gente ligada ao PT e ao governo.

Mesmo tendo se negado a responder à maioria das perguntas feitas pelos parlamentares, Delúbio, pelo pouco que disse, parece ter sido convencido por seus pares (ou comparsas, seria melhor dizer) a entregar seu pescoço à guilhotina por um crime menor (o eleitoral) para tentar poupar a si próprio e, principalmente, o PT e o governo de maiores complicações.

A tática ficou evidente logo no início do depoimento, quando Delúbio declarou sua mais completa ignorância sobre o mensalão e, ao mesmo tempo, assumiu a existência de “Caixa 2“ no PT.

Batendo na insistente e ficcional tecla de que todo o dinheiro que passou pelas contas do publicitário Marcos Valério tem a ver com um suposto empréstimo, o tesoureiro petista declarou que utilizou este “dinheiro não contabilizado para pagar dívidas de campanha, principalmente com fornecedores, do PT e de alguns dos partidos aliados“.

Dinheiro ilícito foi para todo mundo, menos Lula…
Apesar da história do empréstimo, de seu silêncio em relação à maioria dos temas e da recusa em apontar para quem ele determinou a liberação do dinheiro na boca do caixa do Banco Rural, Delúbio deu ao menos um exemplo de como funcionava o esquema. Segundo ele próprio: “eu definia quem iria receber o dinheiro; quem definia o método de pagamento do dinheiro era o Marcos Valério“.

Independentemente de que “método“ tenha sido utilizado, o fato é que o dinheiro correu solto e atravessou o país. Se nenhum pudor, por exemplo, Delúbio confessou que, em 2002, as candidaturas ao governo estadual de Maria do Carmo, no Pará, e José Aírton, do Ceará, foram bancadas pelo tal “empréstimo/Caixa 2“.

Uma das partes mais interessantes da ficção montada por Delúbio se refere à total isenção e desconhecimento do PT, de Lula e do restante do governo em relação às suas falcatruas. Lula, em particular, nas palavras de Delúbio, é quase uma pérola em meio à lama em que seu partido se envolveu, já que, nas palavras do tesoureiro, apesar de todas, absolutamente “todas“ campanhas eleitorais petistas de 2002 terem sido bancadas com dinheiro “irregular“, apenas, e unicamente apenas, a de Lula não o foi.

Mais episódios insólitos
A sucessão de acontecimentos “inacreditáveis“ que têm marcado a evolução da crise do PT e do governo (a começar pelas cuecas e malas recheadas…) não pára.

Na tarde do dia 20, Renilda Fernandes, mulher do publicitário Marcos Valério, foi pega com a boca na botija tentando sacar quase R$ 2 milhões de uma conta no BankBoston, em Belo Horizonte. A tentativa lhe valeu um bloqueio das contas, por parte do Supremo Tribunal Federal.

Dois aspectos que dão a dimensão do absurdo desta história. Em primeiro lugar, há dias Marcus Valério vem tentando fazer um acordo, prometendo dizer tudo o que sabe, em troca da garantia de que sua mulher e sua funcionária, Simone Vasconcelos, não seriam convocadas ou não teriam seus sigilos quebrados. Segundo, Renilda, oficialmente, é a proprietária das agências SMPB e DNA, as principais fontes de recursos da dinheirama movimentada pelo PT.

Já no interior do Congresso, outra espetáculo burlesco. Depondo na Comissão de Ética, Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher de Valdemar Costa Neto, um todo-poderoso do PL, acrescentou mais um tipo de bagagem àquelas utilizadas para carregar dinheiro sujo. Agora, foi a vez da “bolsa de perua”.

Alegando que seu ex-marido é um jogador compulsivo — que chegou a perder US$ 500 mil numa única noite, em um cassino no Uruguai —, Marica Christina afirmou que, em outra ocasião, Costa Neto a obrigou a rechear sua bolsa com US$ 60 mil, para que pudessem passar pela a alfândega, voltando de Punta del Este, sem complicações.

Antenada com a “Operação Blindagem”, Maria Christina ainda afirmou que Costa Neto recebeu dinheiro de Delúbio Soares: “Do governo não, do PT não, mas do Delúbio sim“.

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