No primeiro dia de debates do Fórum Social Mundial, 750 pessoas reuniram-se no Seminário sobre “A luta contra a guerra imperialista: desafio e construção do internacionalismo no início do século”.

Com a presença de Martín Hernandez, da LIT (Argentina), James Petras (EUA) e Ahmed Shawki (EUA), as discussões transcorreram em torno às mudanças geradas a partir do ataque terrorista de 11 de setembro e a nova onda de ofensiva imperialista contra os povos do mundo.

Hernandez ressaltou o fato de que a ofensiva imperialista e sua campanha cínica de que esta é uma guerra contra o terrorismo e pela democracia não pode ter eco na esquerda mundial. Numa guerra como esta, afirmou, “quem se confunde de lado, pode estar colaborando com o imperialismo”.

Questionados sobre a tendência que vem tomando conta de grande parte da vanguarda mundial em tornar o centro desta campanha em uma “ luta pela paz”, James Petras afirmou que “a melhor luta pela paz é a luta anti-imperialista”, complementado por Hernandez que ressaltou que “para chegarmos à paz, teremos que ir à guerra contra o imperialismo”.

Questões como a revolução argentina também fizeram parte do debate, que contou com a presença e intervenção da companheira Nina Pelozo, presidente da Associação dos Desempregados Argentinos. Nina fez um breve relato da situação argentina e chamou todos os presentes ao apoio a mais essa luta que vai além das fronteiras de seu país. Aplaudida, encerrou sua intervenção no Seminário sob os gritos de “o povo na rua é a solução; viva a Argentina e a Revolução”.

O seminário foi promovido pela revista Marxismo Vivo.