Arcary defendeu a ruptura com o capitalismo como alternativa à crise
Diego Cruz

A Juventude do PSTU realizou nesse dia 28 de janeiro, segundo dia de Fórum Social Mundial, um debate com Valério Arcary, professor de História do CEFET e militante do PSTU. O tema do debate foi “Um mundo socialista é possível”, realizado no Restaurante Universitário da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), local onde está montado o Acampamento Internacional de Juventude. Participaram da discussão cerca de 300 ativistas, entre militantes e simpatizantes. A atividade teve início às 17 horas e disputou a atenção dos participantes com o alto som que vinha das atividades que aconteciam ao mesmo tempo no acampamento.

Valério iniciou a discussão reforçando a gravidade da crise. “A crise pela qual o mundo capitalista passa não se compara a nada que tenha ocorrido no mundo desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou. O professor fez um apanhado histórico das transformações pelas quais a sociedade vem passando ao longo da história, fazendo um paralelo entre a crise de 1929 e a que vivemos hoje.

Papel do reformismo e dos revolucionários
Um aspecto importante que foi ressaltado é como se comportam as massas e as organizações políticas em um determinado contexto. “As reformas só ocorrem na iminência de uma revolução”, ressaltou Arcary para explicar como age a burguesia diante de uma grave crise. Quando falava sobre o contexto que passamos destacou que “as amplas massas perceberam que a crise está grave, que o desemprego já afeta os países centrais e já chegou ao Brasil com toda força”.

Para Valério, o primeiro dever dos socialistas revolucionários é dizer que o capitalismo está levando a humanidade à destruição. “É possível sairmos do mundo da cobiça cega que carrega a sociedade ao abismo, precisamos construir um novo mundo, um mundo socialista”, defendeu. Porém alertou que nossa disputa não é somente com os capitalistas, precisamos nos diferenciar das organizações reformistas que confundem a consciência da classe trabalhadora e a faz acreditar que é possível a humanização desse sistema.

Foto Diego CruzFinalizando disse que quando os socialistas forem indagados sobre a solução para os problemas como a fome, o desemprego ou a desigualdade, precisam dar uma resposta muito simples: “é necessário romper, já fizemos a experiência com a lógica do capital e vimos que não deu certo, é preciso organizar a sociedade com base em outra lógica, uma que não seja a do lucro e da exploração” concluiu, sendo aplaudido pelos ativistas.

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