Em 2002, quando uma pequena cooperativa do Acre foi negociar a exportação de produtos de cupuaçu para a Alemanha, descobriu-se que o nome “cupuaçu” havia sido patenteado por uma multinacional japonesa em 1998. A cooperativa acreana não pôde utilizar o nome da fruta de seus produtos nos rótulos sem pagar royaltes, sob pena de pagar multas.

Este é apenas um exemplo da biopirataria praticada por multinacionais na Amazônia. Já existem inúmeros produtos da fauna e da flora brasileiras patenteados no exterior, grande parte produtos patenteados pela indústria farmacêutica. O loteamento das florestas brasileiras faz parte do projeto de preparar a Alca no país. A propriedade intelectual é um dos temas negociados na Alca, ou seja, se ela for implementada, casos como esse vão se tornar corriqueiros, abrindo o caminho para as multinacionais apropriarem-se de nossa biodiversidade.
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