A professora Dayse Oliveira, dirigente da Secretaria de Negros e Negras do PSTU, destacou a importância da Conlutas na articulação da luta dos setores oprimidos dentro de uma perspectiva classista.

“O encontro de hoje é uma vitória, sem dúvida nenhuma. A Conlutas é uma realidade no movimento sindical, operário, de oposição ao governo Lula. O número de pessoas que conseguimos aglutinar e as diversas correntes de esquerda mostram que esse Encontro é uma vitória.

A Conlutas irá contribuir com o movimento negro, levando a discussão de raça e classe. Nós, negros e negras, queremos que a Conlutas oriente as entidades que dela fazem parte a organizarem coletivos, secretarias como de negros e negras, mulheres, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT). Tem que colocar a discussão da opressão aliada à de classe.

Na questão racial, por exemplo, a gente só vai acabar com o racismo se acabar com o capitalismo. Rompendo com o capitalismo e colocando a questão do socialismo. Para isso tem que haver unidade dos negros com todos trabalhadores, de todas as raças. Temos que ganhar esses companheiros para a importância dessa questão, para nos defendermos dos planos de fome e arrocho do FMI e do governo Lula, para juntos construirmos uma sociedade socialista.

Nós, negros e negras que atuamos nos sindicatos da Conlutas vamos ter que ser a bola mestra nessa discussão, como também mulheres, o pessoal de GLBT. Vamos ter que ser a ponta de lança para pressionar, discutir e ganhar os companheiros e companheiras para a importância da luta contra a opressão. Acredito que a gente vai conseguir fazer isso. E também nisto iremos romper com a tradição imobilista da CUT”.