Depois de ter negado oficialmente, o governo israelense admitiu a prisão administrativa de Abla Saádaat, o que significa, conforme legislação israelense, que ela poderá permanecer detida sem qualquer acusação por um período de até seis meses, prorrogáveis.

Como já denunciado no site do PSTU, a prisão ocorreu na fronteira da Margem Ocidental da Palestina com a Jordânia.

Desde já, o PSTU e a LIT-QI se somam a campanha pela libertação de Abla Saádaat e fazem um chamado a todas as entidades do movimento operário, popular e estudantil para que realizemos atividades de denúncia desta e demais prisões arbitrárias de militantes da causa palestina e exijamos a sua imediata libertação.

Da prisão, a companheira Abla enviou um comunicado ao Fórum Social Mundial, o qual reproduzimos abaixo:

“Esperava poder pessoalmente estar presente para juntos podermos desenvolver a luta contra as injustiças que sofrem meus companheiros presos, mas infelizmente a ocupação israelense foi mais forte que eu e de maneira arbitrária me prendeu.

Espero que o Fórum Social Mundial designe uma delegação de advogados para me defender e também para barrar a injustiça cometida contra mim e meus companheiros presos.

Como meu marido, Ahmad Saádaat também está preso, meus filhos agora tem que sobreviver sozinhos. Não posso protegê-los ou mesmo tentar evitar que eles também sejam presos, pois sabemos eu muitas crianças têm sido presas pelo governo israelense”.

Abla Saádaat,
Beit El – Prisão Militar Israelense
Quinta-feira, 23 de janeiro de 2003