Foto Agência Mural
Rodrigo Souza, da Juventude do PSTU

A situação no Brasil está cada dia mais difícil, estão sendo retirados direitos básicos dos trabalhadores (as) e da juventude que tanto lutaram para conquistá-los.

Quem sofre com isso?
Quem sofre com isso são os trabalhadores e a juventude negra, LGBT’s e as mulheres pobres  da periferia que vivem constantemente com seus salários que quase não dá pra chegar (ou nem chega) no final do mês, e ainda tem que gastar uma fortuna em passagem com transportes precário, saúde precária, com rede de esgoto precária, conta de energia e água caras e segurança zero. Além dos cortes na educação levado a cabo por vários governos que estão aí, Temer (PMDB), Dilma (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Dória (PSDB) que precarizam as escolas dos filhos dos trabalhadores, destruindo sonhos de muitos jovens que pensam em entrar em uma universidade pública. E para quem já está, tem que lutar cotidianamente contra os cortes e demissões nas universidades.

Além de quase nenhum ou nenhum investimento em lazer paras os jovens de quebradas, que tem muitas vezes que se deslocar para o centro para participar de eventos sociais, ir para a faculdade ou ao shopping. Temos medo cotidianamente de sofrer alguma retaliação por parte do crime organizado assim como pela Polícia Militar. Hoje muitos jovens declaram ter mais medo das abordagens da Polícia Militar do que das próprias organização criminosas em seus bairros.

Não é à toa esse sentimento de medo e insegurança. A forma ação da Polícia Militar é exposto pelo comandante Ricardo de Mello Araújo, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, conhecida como ROTA. Em uma entrevista dada para a UOL ele diz que a forma de se direcionar uma fala ou uma abordagem na periferia seria diferente de uma abordagem no bairro do Jardins. A PM bate os recordes de letalidade contra a juventude principalmente negra e trabalhadora.

Quem ganha com isso?
Todos esses ataques, a reforma trabalhista, da Previdência, os cortes no passe-livre estudantil, é o novo plano dos patrões e banqueiros de tentar sanar a crise em que eles se meteram, e agora querem jogar nas costas dos trabalhadores e da juventude com a desculpa e a cara de pau de que as reformas são necessárias para não quebrar o país. Podemos ver vários casos de corrupção onde são roubados milhões e milhões de reais do seu trabalho, que deveria se reverter em coisas mínimas como investimentos em saúde, educação e segurança, mas o que vemos é totalmente o contrário: cada vez menos saúde, menos educação e mais violência e mais corrupção por todo lado. Isso tudo é para que 1% da população continue na sua vida de conforto e luxúria às custas da sua exploração diária ou demissões deixando aqueles que tanto trabalharam e produzindo as riquezas do país na miséria e pobreza extrema.

As perspectivas para juventude
Desde os anos da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), o movimento estudantil sempre teve um papel importantíssimo, enfrentando tanto a polícia quanto grupos fascistas como o Comando de Caça aos Comunistas (CCC) que tentaram tirar os jovens que lutavam por democracia nas ruas, mas não conseguiram. Os estudantes resistiram.

Em junho de 2013, milhares de jovens foram às ruas contra o aumento da tarifa. A partir desses acontecimentos e através de muita resistência conseguiram barrar o aumento da tarifa e conquistar o passe-livre e que influenciou outros jovens mais tarde a ocuparem suas escolas contra o fechamento de escolas e roubos de merenda mostrando a força da juventude e a disposição de luta, passando administrar suas escolas melhor que o governo. Essa forma de organização levada pelos jovens de várias idades foi um passo importantíssimo para mostrar de fato que manda na escola.

O que devemos fazer diante dessas situações?
Devemos nos organizar para lutar contra todos esses ataques, nas escolas, nos bairros ou nos locais de  trabalho, criando comitês de luta chamando novas greves gerais para mostrar que não vamos aceitar esses absurdos que vem desde o Governo Federal passando pelo governo estadual até o municipal. Devemos exigir o fim da exploração e opressão contra os negros e negras, mulheres e LGBT’s, pelo fim da Polícia Militar, estatização de bancos e empresas, fim do pagamento a dívida pública, fora todos esses governos, que o povo governe através de conselhos populares com representantes de bairros com que responda as demandas e necessidades da população.

Devemos organizar trabalhadores e juventude para uma saída socialista revolucionária para que os operários e o povo pobre governem ao invés desses pilantras corruptos e corruptores que não fazem nada que só pisam nas periferias para pedir voto para governar para os empresários e banqueiros que mandam no país. Fora Temer e Fora todo esse Congresso de bandido! Operários e o povo pobre no poder!