Dirigente do PSTU no Rio, Cyro Garcia

Dirigente do PSTU no Rio denuncia que setores ligados ao governo queriam vetar qualquer menção ao governo Dilma em protesto contra ObamaCyro Garcia, presidente estadual do PSTU no Rio de Janeiro, esteve na plenária realizada nesse dia 16 na sede do Sindipetro e que organizaria o ato público contra Obama. No entanto, tentando preservar o governo Dilma de qualquer crítica ou exigência, setores como a CUT, UNE e CTB, romperam a organização do protesto.

“Após a plenária de organização que lotou na tarde desse dia 16 o auditório do Sindipetro-RJ, os dirigentes dessas entidades ignoraram toda a discussão realizada anteriormente e vetaram qualquer menção ao governo Dilma no ato”, explica Cyro.

“Durante a plenária, havia um clima generalizado de oposição a Obama, mas também ao governo que convidou Obama ao Brasil”, afirma o dirigente do PSTU no Rio. Após a plenária, no entanto, os representantes que estavam na mesa que conduzia os trabalhos se reuniram para definir os detalhes do ato de domingo. Foi quando os dirigentes das entidades ligadas ao governo vetaram as palavras de ordem que envolvia de alguma forma o governo Dilma.

“Com isso, não se poderia falar dos leilões de petróleo ou exigir a retirada das tropas dos EUA e da Minustah do Haiti”, indigna-se. “Ficaria um ato muito geral, que poderia ocorrer em qualquer lugar do mundo”, completa, explicando a posição dos setores que não aceitaram esse veto: “Tivemos então a necessidade de nos retirar da reunião e resolvemos preparar um ato contra Obama e o imperialismo, mas também contra o governo que o convida e que vai assinar acordos entregando o petróleo do pré-sal aos EUA”, diz.

“Então vão ocorrer no domingo dois atos; um chapa-branca que não vai tocar no governo, como se Obama tivesse vindo sozinho pra cá; e outro que vai denunciar tanto o imperialismo quanto o governo que o convida”, diz o dirigente. Ou seja, o protesto realizado nesta sexta-feira na Candelária se mantém, mas no domingo ocorrerão dois atos.

“Vamos protestar contra Obama, mas também contra o governo; pela retirada das tropas do Afeganistão, mas também pela retirada das tropas brasileiras do Haiti; vamos exigir que os EUA tire as mãos do nosso petróleo, mas vamos denunciar os leilões que o governo Dilma mantém”, resume.

E a crítica feita por Dilma aos setores do PT envolvidos no protesto contra Obama? “É, na verdade, uma grande divisão de tarefas: de um lado o PT no governo que convida Obama para o Brasil e de outro o PT que finge protestar nas ruas para iludir a classe trabalhadora”, analisa Cyro Garcia.

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