Desafio agora é fortalecer a FNP e o movimento em defesa de uma Petrobras 100% estatalOs reflexos da vitoriosa greve nacional dos petroleiros e seus desdobramentos no processo de reorganização já começam a ser notados nos últimos resultados sindicais e nas eleições da Petros que ocorreram recentemente. A Petros é o fundo de pensão de previdência privada dos funcionários da Petrobras e outras empresas petroquímicas.

Não é por coincidência que a direção da CUT foi derrotada no sindicato do Rio Grande do Norte para a CTB (central sindical ligada ao PCdoB) e no Litoral Paulista para a Frente Nacional Petroleiros (FNP).

No Litoral Paulista, a chapa da FNP teve uma vitória surpreendente, vencendo as eleições do Sindipetro com 1.379 votos. A chapa da CUT teve apenas 636. Com a vitória, a FNP consolida-se no Litoral Paulista.

Outra vitória importante se deu nas eleições da Petros. A chapa da FNP, formada por dois conhecidos integrantes da Conlutas, Tedesco e Agnelson, ganhou as eleições para o Conselho de Representantes com 52,5% dos votos. No Conselho Fiscal, a chapa da FNP teve 53% e a da CUT, 29%.

Mais que uma vitória da FNP, a derrota da CUT e da FUP (Frente Única dos Petroleiros) foi estrondosa. Por diferentes caminhos, a categoria está forjando uma alternativa de direção para dirigir as lutas que serão necessárias nestes tempos de crise.

Agora é continuar a luta!
Uma das principais tarefas dos petroleiros agora é continuar a luta pela politização do movimento e a disputa da consciência da classe. Por isso, ganha relevância a campanha por uma “Petrobras 100% estatal” e “Todo o petróleo tem que ser nosso”.

Nesse sentido, ocorreu nos dias 12 e 13 de maio o III Seminário da Campanha “O Petróleo tem que ser nosso” na Escola Florestan Fernandes, em Guararema (SP), em que o conjunto das entidades assumiu o 2 de outubro como dia nacional de luta.

Fortalecer a FNP
Outro desafio é organizar a campanha salarial de setembro. Temos que exigir novamente da FUP e da FNP que iniciem já a campanha salarial de 2009, levantando as demandas da categoria. Entres as principais reivindicações estão: “reposição das perdas para toda a categoria, inclusive para os aposentados; periculosidade para valer; pagamento do extra turno; inclusão dos pais no plano de saúde; licença maternidade de 180 dias e paternidade de um mês e único plano de previdência”.

Neste marco, o Congresso Nacional da FNP tem uma importância fundamental, ainda mais porque a FUP, que se torna cada vez mais burocratizada, mudou seus estatutos e tem agora congresso somente a cada três anos. Portanto, este ano não tem congresso da FUP.

Com isso, o congresso da FNP será o elemento aglutinador de todo esse processo. Os congressos regionais ocorrem em junho e o Congresso Nacional será entre os dias 10 e 13 de julho em São José dos Campos (SP).

Post author Asdrubal Barboza, de São Paulo (SP)
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