Maioria da direção da Fasubra se esforça para defender proposta do governo e atacar CNESFNa Plenária Nacional dos Servidores que decidiu pela rejeição da proposta do governo e pela greve unificada a partir do dia 10 de maio, a maioria da Executiva da CUT afirmou que a proposta indecente do governo era “um avanço”.

A representante da maioria da CUT, Lúcia Reis, deve ter se cansado de ouvir as vaias dos servidores à CUT e ao seu nome. Também deveria sentir-se constrangida diante da votação quase unânime desautorizando – mais uma vez – a CUT de falar em nome da categoria.

Mesmo assim a direção governista da CUT e seus representantes no funcionalismo estão tentando dividir os servidores, arrebentar a CNESF e impor negociações rebaixadas.
A CUT e os setores governistas do funcionalismo – como é o caso de parte expressiva da direção da Fasubra – aceitam a proposta do governo no atacado, propondo negociações específicas no varejo (melhorar algumas gratificações). Na verdade, jogam todas suas fichas na divisão do funcionalismo em “negociações específicas”, aceitando a lógica da precarização, buscando poupar o governo e sendo coniventes com a política neoliberal ditada pelo FMI.

Uma expressão dessa política, é que a maioria da direção da Fasubra, tem defendido o fim da CNESF e que as negociações sejam feitas pela CUT (imaginem isso na reforma da Previdência).

A maioria da direção da Fasubra defende ainda que os servidores das universidades “negociem” trabalhando; mentindo para a base que o governo teria incorporado sua proposta de “reajuste” à carreira, ou seja, ao salário. Apesar disso, inúmeros sindicatos de base entraram em greve e outros tantos devem fazê-lo nos próximos dias.

Os servidores não devem cair no conto da divisão. A hora é de fortalecer a greve, buscando unificá-la também às diversas greves do funcionalismo dos estados ou municípios, que enfrentam os governos e as prefeituras que aplicam o mesmo projeto neoliberal do FMI e do Banco Mundial, aplicado pelo governo Lula. Só a força da luta unificada pode derrotar esse governo e seus aliados.

Post author Mariúcha Fontana, da redação do Opinião Socialista
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