Atos não são mudança na política governista da CentralA CUT e a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) estão convocando manifestações em todos os estados, para o dia 16 de julho, por mudanças na política econômica, redução da jornada de trabalho sem redução salarial e outras mudanças pontuais na política do governo Lula.

Apesar da convocação, a iniciativa não indica uma “virada” na política da Central, em direção à oposição e à luta conseqüente contra o modelo econômico que aí está. O próprio texto da convocação estabelece que a CUT quer preservar o governo Lula, e “fazer com que ele dê certo”. Ora, como é possível lutar por mudança na política econômica e, ao mesmo tempo, preservar o governo responsável por sua implementação.

É esse apoio ao governo que faz com que a CUT só agora convoque uma manifestação, ainda bastante limitada. Limitada porque sequer questiona seriamente a política econômica (nega-se a exigir a suspensão do pagamento das dívidas externa e interna, a ruptura com o FMI etc.).

No entanto, todos os que são contrários à política econômica do governo devem participar das manifestações. Nós, que queremos colocar abaixo esse projeto econômico de Lula e do FMI, estaremos lá. Vamos participar com faixas, bandeiras e críticas ao governo, ao FMI e, inclusive, à postura governista da CUT.

É com este objetivo que iremos à manifestação de 16 de julho. Vamos levantar bem alto as bandeiras contra as reformas Sindical, Trabalhista e Universitária, pela suspensão do pagamento das dívidas externa e interna, pela ruptura com o FMI e a Alca, por mais emprego, reforma agrária, salário digno. Vamos levar também as bandeiras da Conlutas.

Post author José Maria de Almeida, da Executiva da CUT e Presidente Nacional do PSTU
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