Nos dias 26 e 27 de julho, aconteceu o curso de formadores da Campanha contra a Alca no Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 280 ativistas e teve grande presença dos militantes do PSTU. O economista do Unafisco e coordenador da Auditoria Cidadã da Dívida, Rodrigo Vieira, mostrou como o acordo do governo com o FMI e o compromisso de seguir pagando as dívidas empurram o país para a Alca.

Maria Luisa Mendonça, da Rede Social, falou sobre militarização e Paulo Passarinho, economista, falou sobre a Alca. Nos grupos houve intensa discussão, com a maioria dos presentes demonstrando disposição de luta para exigir o Plebiscito Oficial e a retirada do Brasil das negociações, bem como expressando muita indignação com o governo e com o compromisso que este fez com Bush de implantar a Alca até 2005.
Em São Paulo, o curso ocorreu no último dia 2 de agosto, contou com cerca de 300 pessoas e também armou para a coleta de assinaturas do abaixo-assinado.

Nas manifestações do funcionalismo contra a reforma da Previdência, nas ocupações de sem-terra e sem-teto, precisa ser trabalhado com afinco esse abaixo-assinado.

De 1 a 7 de setembro, será a grande semana de coleta de assinaturas e de 14 a 16 do mesmo mês, haverá a entrega do abaixo-assinado em Brasília, quando ocorrerá também a Plenária Nacional da Campanha. Esse calendário se insere e se combina com as mobilizações mundiais marcadas para 9 e 13 de setembro contra a Alca e a OMC.

A mobilização pelo Plebiscito Oficial é cada vez mais crucial, uma vez que o governo está comprometido com as negociações e a pavimentação da Alca. Isso se demonstra a cada dia. A Direção Nacional do PT votou contra o Plebiscito Oficial. Sua proposta é “considerar a possibilidade, no final das negociações, de realizar um plebiscito sobre a adesão à Alca”. Isto é um referendo. E referendo não impede a Alca, pois – se houver – se dará depois que o acordo já estiver praticamente assinado.
Post author André Freire, do Rio de Janeiro (RJ) e
Dirceu Travesso, de São Paulo (SP)
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