Enquanto o governo aprovava o salário mínimo de R$ 545 no Senado, com a maioria esmagadora dos votos, ativistas da CSP-Conlutas protestavam na galeria do plenário contra esse reajuste que sequer garante a reposição da inflação dos últimos 12 meses.

O governo Dilma não só impôs o novo valor do mínimo, como fez questão de fazer isso de forma massacrante. Fez ameaças à base aliada e ofereceu uma série de cargos. Até mesmo o senador Paulo Paim (PT), que tem no salário mínimo e nos aposentados o centro de seu discurso, votou com o governo.

A CSP-Conlutas, porém, não deixou barato e marcou presença na votação. Com camisetas e cartazes, os ativistas denunciavam o aumento imoral de 62% nos salários dos parlamentares, enquanto o salário mínimo era corrigido em míseros 6%. “Se eles têm dinheiro para pagar mais de R$ 10 mil por mês para cada deputado e senador, por que não têm para pagar mais R$ 300 no salário mínimo?”, questionou Atnágoras Lopes, da direção da CSP-Conlutas, fazendo referência ao índice de aumento dos parlamentares.

Unidade
Já no dia 24, cerca de 300 pessoas se reuniram em Brasília numa plenária convocada pela CSP-Conlutas com outras organizações como FST (Fórum Sindical de Trabalhadores), Intersindical, Cobap, MTST e várias entidades sindicais e populares. O objetivo do evento foi traçar uma perspectiva de luta para o movimento diante dos ataques previstos pelo governo Dilma.

A plenária reafirmou a necessidade de mobilização imediata das entidades, articulando as agendas específicas com as questões mais gerais. Aprovou-se a participação no ato nacional em Brasília no dia 13 de abril e manifestações nos estados no dia 28 do mesmo mês.

*Com informações da CSP-Conlutas.

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