Reunião da Coordenação Nacional da CSP Conlutas
CSP Conlutas

Central Sindical e Popular

Plano foi aprovado em reunião da Central e terá como primeira iniciativa um dia nacional de lutas no dia 1o de abril nos estados, com manifestações, assembleias, paralisações, protestos e panfletagens nos centros urbanos

A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas realizada de 19 a 21 de fevereiro, em São Paulo, aprovou como centro de sua atuação a organização de um plano nacional de lutas para barrar as demissões, o ajuste fiscal, a reforma da previdência e as privatizações. Como marco deste plano de ação será realizado um dia nacional de lutas no dia 1o de abril nos estados, com manifestações, assembleias, paralisações, protestos e panfletagens nos centros urbanos.
A resolução política da Central foi aprovada por ampla maioria a partir de um rico debate sobre o tema internacional realizado na sexta-feira e praticamente um dia inteiro de debate sobre a situação nacional no sábado.
A CSP-Conlutas aponta que diante do papel de sustentação do governo Dilma pelas centrais sindicais, principalmente a CUT, e das frentes de apoio que se formaram em torno do governo, é necessário a construção de um polo alternativo ao governismo e à oposição de direita. Um polo no qual o “sentido geral da luta contra o governo, a oposição burguesa e os patrões deve ser parte de todas as iniciativas que participarmos, de todas as lutas imediatas, de todas as nossas ações”, ressalta a resolução.
A CSP-Conlutas reafirma sua bandeira política de que “Nem o PT representa mais os trabalhadores, nem a oposição de direita é alternativa! Basta de Dilma, desse Congresso, do PMDB, PSDB e demais alternativas de direita!”, respeitando a autonomia das entidades para o ajuste de suas formulações baseada neste conteúdo.
Essas resoluções serão levadas para a reunião do Espaço de Unidade de Ação, que acontece na próxima quarta-feira (24), com o intuito de buscar unidade em tornos dessas bandeiras. A Central também já se prepara para um ato nacional do 1o de Maio, em São Paulo, convidando todas as organizações e os setores da esquerda classista para que se somem à iniciativa. O ato nacional não prejudica os atos que serão realizados nos demais estados.
A Coordenação aprovou um calendário de mobilização:
: : 26 a 28 de fevereiro – Encontro Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
: : 8 de março – Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora
: : 1o de abril – Dia Nacional de Luta contra as mentiras do governo e dos patrões   : :
2 e 3 de abril – Seminário Nacional sobre Terceirização
: : 28 de abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho
: : 1o de maio – Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras
: : 16 e 17 de junho – Encontro Nacional da Educação
Em defesa da Palestina
Com dois dirigentes na Palestina, a CSP-Conlutas participa da mobilização internacional pela abertura da Rua Al-Shuhada, em Hebron. Esta região comercial segue ocupada militarmente por tropas israelenses com restrições que expõem o sistema cruel de Apartheid imposto por Israel contra os palestinos.
Pelo fim do Imposto Sindical
Esta Coordenação também lançou campanha nacional pelo fim do Imposto Sindical. A Central discutirá o tema em suas diversas entidades com a intenção de fortalecer o sindicalismo de classe e independente. A CSP-Conlutas não recebe esse dinheiro.
Legalização do aborto
Essa reunião também foi marcada pelo lançamento da campanha “Legalização do Aborto: É pela vida das mulheres trabalhadoras!”. O painel foi aberto com a apresentação do premiado curta-metragem “A boneca e o silêncio” da diretora Carol Rodrigues. O curta traz a história de Marcela, uma menina de 14 anos que se torna dona de si e de seu corpo ao tomar a decisão de interromper uma gravidez indesejada. A campanha terá um recorte de classe e de raça onde as mulheres da classe trabalhadora serão protagonistas, com os rostos, histórias, dor e luta.