Comissão se reúne na manhã de hoje.Nesta quinta, 12, ocorre nova reunião da Mesa Nacional de Negociação do setor da construção civil, que debate as condições de trabalho nas obras do PAC. A Mesa foi formada há mais de dois meses, com centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, representantes das construtoras e a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Segundo o representante da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, não é possível aceitar a demissão em massa de 4 mil trabalhadores nas obras de Jirau. “Até a Justiça condenou as demissões”, lembra. No dia 6, a Justiça do Trabalho de Rondônia proibiu que o consórcio responsável pelas obras na hidrelétrica de Jirau e a Camargo Corrêa demitam trabalhadores que voltaram a seus Estados de origem.

“Esta é a terceira reunião com o governo e infelizmente a única medida tomada concretamente foi a punição aos operários imposta pelas empreiteiras em Jirau”, ressalta Atnágoras. A CSP-Conlutas propõe que a reunião desta quinta inicie aprovando um posicionamento político do governo e das centrais sindicais contra as demissões em Jirau e o desconto dos dias de greve dos operários de Suape (PE).

A CSP-Conlutas defende outra pauta, que nem sequer foi tratada até o momento. No documento entregue na última reunião, a CSP-Conlutas defendeu melhores condições de trabalho, segurança, salário e dignidade para os trabalhadores. “Se esta mesa de negociação tiver como resultante 4 mil demissões, como parece querer o governo e as empreiteiras, perderá o sentido de existir”, afirma Atnágoras. “O resultado da reunião de hoje tem importância estratégica para a central. Nosso principal objetivo é a defesa dos direitos e das reivindicações dos trabalhadores”, completa.