Estudantes brasileiros apoiam as mobilizações dos estudantes e trabalhadores na França
No dia 12 de outubro, 3,5 milhões de pessoas saíram às ruas em mobilização na França. As diversas manifestações que tomaram todo o país exigiam o fim da reforma da Previdência do governo Sarkozy, que tem imposto duros ataques aos trabalhadores e jovens franceses diante das conseqüências da crise econômica na Europa. O projeto de Reforma de Sarkozy tem como central o atraso do tempo mínimo para as aposentadorias que com as sistemáticas crises, o aumento do desemprego e da informalidade aumenta na prática a idade da aposentadoria de 60 para 67 anos.

Diante desses ataques, a mesma efervescência de luta da juventude francesa que em 2005 derrubou o projeto de lei que flexibilizava as contratações de jovens (Lei do Primeiro Emprego) se expressou na atual luta dos trabalhadores franceses com a adesão de milhares de estudantes. Nessa última quinta-feira as mobilizações estudantis tomaram o território Francês, paralisando cerca de 600 instituições de ensino, entre escolas e universidades, enfrentando inclusive a repressão policial. A luta estudantil tem colocado em cheque não só os projetos de reforma do governo Sarkozy, mas também tem apontado a importante perspectiva da defesa dos direitos a partir da luta lado a lado com os trabalhadores.

Nesse dia 19, terça-feira e sexto dia da greve geral, os estudantes deram mais um exemplo de ousadia, resistência e rebeldia. Já passam de 850 escolas paralisadas e as manifestações tem se radicalizado ainda mais. Diante dessa situação, a saída de Sarkozy foi apelar para a repressão policial para tentar calar os estudantes: Lyon e Nanterre, periferia de Paris, foi foco da mais brutal repressão contra os manifestantes.

Frente à crise, os governos de todo o mundo tem imposto aos trabalhadores e a juventude duros ataque aos direitos sociais, salários e empregos, sempre em favor dos lucros das empresas e dos poderosos. Porém, a resistência que temos visto por parte dos trabalhadores europeus, e agora em evidência com a luta dos estudantes franceses, mostra que a mobilização é o único caminho para derrotar esses governos e impor uma saída para a crise sob a ótica da classe trabalhadora e da juventude.

Nesse sentido, a ANEL se solidariza com os milhares de estudantes franceses que tem ido as ruas com ousadia se enfrentar com os ataques de Sarkozy e exigir seus direitos ao lado dos trabalhadores. Convidamos os estudantes brasileiros a apoiarem o conjunto das mobilizações francesas que seguem sacudindo a França repudiando qualquer ação do governo e dos patrões de se utilizar da repressão para conter o movimento.
Os trabalhadores e a juventude não pagarão pela crise! Viva a luta do povo francês!

ANEL – ASSEMBLEIA NACIONAL DOS ESTUDANTES – LIVRE


Comunicado de solidariedade aos trabalhadores das refinarias da França (português / francês)
Nota de solidariedade aos Petroleiros da TOTAL, na França
Frente aos ataques dos governos europeus para descontar nas costas dos trabalhadores a conta da crise econômica munidal, os trabalhadores franceses destacam-se nas mobilizações contra a Reforma da Previdência e perda de direitos trabalhistas.
Nós, petroleiros brasileiros reunidos na Coordenação Nacional da CSP-Conlutas em Minas Gerais, temos acompanhado a luta de nossos colegas da TOTAL, Refinaria da França e lhes enviamos esta nota de apoio e solidariedade.

Assinam os petroleiros das seguintes entidades:
Sindipetro do Rio de Janeiro;
Sindipetro de Alagoas e Sergipe;
Oposição Petroleira de Minas Gerais
Oposição Petroleira de São Paulo;
Oposição Petroleiros do NF/RJ;
Sarzedo (MG), 15 de outubro de 2010

Grève en France: Solidarité depuis le Brésil
Communiqué de Solidarité avec les travailleurs des raffineries de Pétrole TOTAL de France.

Face aux attaques des gouvernements européens pour faire payer aux travailleurs la crise économique mondiale, les travailleurs français sont en mouvement contre la réforme des retraites et la perte de leurs droits du travail.
Nous travailleurs des raffineries de pétrole du Brésil réunis dans la Coordination Nationale de CSP-Conlutas dans le Minas Gerais, suivons avec attention la lutte de nos collègues de TOTAL, des raffineries de France, et nous leur envoyons ce communiqué d’appui et de solidarité.
Signent les syndicats des travailleurs des raffineries suivantes:

SINDIPETRO de Rio de Janeiro-RJ-Br
SINDIPETRO de Alagoas et Sergipe
OPPOSITION du SYNDICAT des travailleurs du Pétrole de Saò Paulo
OPPOSITION du Syndicat des travailleurs du pétrole de Minas Gerais
OPPOSITION du Syndicat des travailleurs du pétrole de Norte Fluminense/ Rio de Janeiro

Sarzedo (MG) 15 octobre 2010


Resolução da CSP-Conlutas sobre a situação da França (português / francês)

Resolução Coordenação Nacional Conlutas
Todo apoio a luta dos trabalhadores e juventude franceses
Retirada imediata do projeto de ataque às aposentadorias

No último mês em seis oportunidades milhões de trabalhadores franceses ocuparam as ruas em manifestações contra o projeto de ataque as aposentadorias do governo Sarkozy. Nas manifestações desta última semana a juventude, através das organizações estudantis se somou as mobilizações e paralisações em toda a França. Assim como, vários setores de nossa classe, como os petroleiros, buscam dar o exemplo de como garantir a derrota de Sarkozy e seu projeto parando todo o país.

O ataque de Sarkozy contra os trabalhadores franceses é expressão da política dos governos capitalistas de todo o mundo em jogar para as costas dos trabalhadores e da juventude os custos da crise econômica imperialista.

A crise que aparece em 2008 com centro nos EUA agora se expressa de maneira brutal em todo o continente Europeu. Em todos os países da Europa, a política ditada pela União Européia é de ataque contra os trabalhadores e os direitos trabalhistas e sociais conquistados com décadas de luta. Grécia, Espanha, Portugal, França, Inglaterra, Itália, países do Leste Europeu já anunciaram medidas, com suas particularidades, mas todas no mesmo sentido: os bilhões de euros liberados pelos governos para os bancos e grandes empresários serão pagos com os empregos, salários e direitos dos trabalhadores.

Os trabalhadores têm mostrado sua disposição de luta: no primeiro semestre as greves gerais do povo grego apontaram o caminho da luta e resistência. Manifestações e greves têm acontecido em vários países. Neste momento o centro da resistência está na França com as mobilizações de milhões e as greves que apontam a necessidade de parar todo o país até a derrota do Governo Sarkozy. Cercar de solidariedade a mobilizações dos trabalhadores e juventude franceses é nossa tarefa. Bem como buscar construir a unidade entre todo o processo de lutas e mobilizações que acontecem neste momento pela Europa.

As manifestações e greves têm acontecido em vários países. Grécia, Espanha, Portugal, República Tcheca e tantos outros. A unidade das mobilizações e a solidariedade internacional são o caminho para fortalecer a luta e ao mesmo tempo combater a xenofobia e o racismo. Os culpados pela crise não são imigrantes ou qualquer outro setor de nossa classe. Mas os grandes capitalistas e seus governos.

Os ataques contra os salários, empregos, direitos sociais e trabalhistas acontece em todo o mundo. A vitória dos trabalhadores franceses e europeus fortalece a luta e resistência que estaremos travando em todos os países para que a conta da crise econômica imperialista seja paga pelos banqueiros e grandes empresários e não pela juventude e trabalhadores.

  • Viva a luta dos trabalhadores e juventude francesa
  • Construir a unidade e solidariedade internacional das lutas e da resistência
  • Que os ricos paguem pela crise

    Declaration de la CSP- Conlutas sur la situation française
    Tout notre appui à la lutte des travailleurs et de la jeunesse français
    Retrait immédiat du projet contre les retraites !

    Le dernier mois, à 6 reprises, des millions de travailleurs français sont descendus dans les rues dans des manifestations contre le projet de remise en cause des retraites du gouvernement Sarkozy. Dans les manifestations de la dernière semaine, la jeunesse avec les organisations étudiantes s’est jointe aux mobilisations et grèves dans toute la France ; comme plusieurs secteurs de la classe des travailleurs , comme ceux des raffineries, ils cherchent à aider par leur exemple le comment garantir la défaite de Sarkozy et de son projet en paralysant tout le pays.

    L’attaque de Sarkozy contre les travailleurs français est l’expression de la politique des gouvernements capitalistes du monde entier qui consiste à faire retomber sur le dos des travailleurs et de la jeunesse les coûts de la crise économique impérialiste.

    La crise qui surgit en 2008, ayant comme centre les Etats-Unis, s’exprime maintenant de manière brutale dans tout le continent européen. Dans tous les pays d’Europe, la politique dictée par l’ Union Européenne représente une attaque contre les travailleurs et leurs droits sociaux et du travail conquis au cours de décades de lutte. La Grèce, l’ Espagne, le Portugal, la France, l’ Angleterre, l’ Italie , les pays de l’ Est européens ont déjà annoncé des mesures avec leurs particularités , mais qui vont toutes dans le même sens : des milliards d’euros dégagés par les gouvernements en faveur des banques et les grandes entreprises seront payés avec les emplois , les salaires et les droits des travailleurs.

    Les travailleurs ont démontré leur disposition à la lutter: le premier semestre les grèves générales du peuple grec montrèrent le chemin de la lutte,de la résistance. Des manifestations et grèves ont eu lieu dans plusieurs pays. En ce moment le centre de la résistance est en France avec les mobilisations de millions et des grèves qui pointent vers la nécessité d’arrêter tout le pays jusqu ‘ à la défaite du Gouvernement Sarkozy. Notre tâche est d’ entourer de solidarité les mobilisations des travailleurs et de la jeunesse françaises; et de chercher à construire l’ unité entre tout le processus des luttes et des mobilisations qui se déroulent en ce moment en Europe.

    Les manifestations et grèves ont eu lieu dans plusieurs .La Grèce, l’Espagne, le Portugal, la République Tchèque et tant d’autres. L’unité des mobilisations et la solidarité sont le chemin pour renforcer la lutte et en même temps pour combattre la xénophobie et le racisme. Les responsables de la crise ne sont pas les immigrés ou n’importe quel autre secteur de notre classe. Mais au contraire, les grands capitalistes et leurs gouvernements.

    Les attaques contre les salariés, les emplois, les droits sociaux et du travail ont lieu dans le monde entier. La victoire des travailleurs français et européens renforce la lutte et la résistance que nous mènerons dans tous les pays pour que le prix de la crise économique impérialiste soit payée par les banquiers et le grands patronat et non par la jeunesse et les travailleurs.

  • Vive le lutte des travailleurs et de la jeunesse français.
  • Construire l’ unité et la solidarité internationale des luttes et de la résistance.
  • Que les riches payent pour la crise.

    Coordenação Nacional da Central Sindical e Popular
    CSP Conlutas – Brasil
    Sarzedo – Minas Gerais – 17 de outubro de 2010