Foto: Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas
Redação

A CSP-Conlutas entrou com uma ação civil pública contra o aumento da tarifa do transporte público decretada pelo governador Geraldo Alckmin e pelo prefeito João Doria (ambos do PSDB) aos trens, metrôs e ônibus da capital e região metropolitana. A partir deste domingo, 7 de janeiro, a tarifa passou de R$ 3,80 para R$ 4.

A ação pede liminar suspendendo o aumento em caráter de urgência. “Trata-se de um aumento excessivo que afronta o direito fundamental ao transporte, insculpido no artigo 6º da Constituição Federal, e prejudica de maneira irreparável milhões de trabalhadores e desempregados e que não vem acompanhado de uma melhoria equivalente do sistema“, denuncia a ação.

O aumento representa, ao mês, nada menos que 70% do reajuste do salário mínimo que entrou em vigor em 2018.

A ação judicial da central cita ainda a situação precária do transporte, com ônibus, trens e metrôs superlotados, enquanto são revelados inúmeros casos de corrupção que causaram prejuízo bilionário aos cofres públicos nos últimos anos.

Dia 11 tem ato contra o aumento
A ação judicial é apenas uma frente da luta contra o aumento, mas a mais importante é a que se dará na luta nas ruas. No próximo dia 11, quinta-feira, ocorre o primeiro grande ato contra o aumento da tarifa em São Paulo.

Vale lembrar que, além do aumento, a administração de Doria vem retirando linhas de ônibus de circulação, afetando a população mais pobre, ao mesmo tempo em que o governo Alckmin avança em seu projeto de privatização do metrô.