Cartaz convoca manifestação em Brasília

Manifestação é organizada por mais de 30 entidades nacionais do funcinalismo federal e é realizada no momento em que trabalhadores de 38 universidades estão em greveOs servidores públicos federais da CSP-Conlutas se reuniram no último dia 3 de junho para discutira preparação da marcha nacional a Brasília em 16 de junho, avaliar a mobilização da categoria, em campanha salarial, e as negociações com o governo.

O balanço da mobilização em torno da campanha salarial foi considerado positivo até o momento. Da mesma forma, foi um grande acerto o processo de unidade de ação construído com as mais de 30 entidades nacionais do funcionalismo, que propiciou a construção de duas grandes manifestações em Brasília, os dias 16 de fevereiro e 13 de abril.

Como produto das manifestações dos servidores, foi possível realizar uma reunião com a ministra Mirian Belchior, do MPOG (Ministério Planejamento, Orçamento e Gestão), que garantiu um calendário de negociação na Secretaria de Recursos Humanos do MPOG. No entanto, todas essas iniciativas ainda não foram suficientes para arrancar um real processo de negociação com o governo federal. É preciso avançar, sendo essencial o aprofundamento do processo de mobilização e a intensificação das ações de luta, tendo como centro o dia 16 de junho e as plenárias de 17 a 19 de junho, em Brasília.

A ampla unidade e as grandes manifestações realizadas são marco importante na alavanca de lutas em funcionalismo federal, mas as contradições das direções governistas, entre defender seu governo e responder aos ataques, não permitem que avancem no sentido de um processo de luta mais consistente; que aponte para a greve por tempo indeterminado, por exemplo. Por isso, é preciso construir pela base as condições favoráveis para uma greve unificada, como forma eficaz para a derrota dos projetos de lei e atendimento das reivindicações. No mesmo sentido, e considerando a crescente alta inflacionária, toma vulto a reivindicação de Reajuste Salarial Emergencial com base no índice de 6,67% (IPCA-IBGE) mais 7,5% (PIB-2010) e a correção nas distorções das carreiras.

Além disso, devemos intensificar a denúncia da corrupção no governo Dilma, tomando como exemplo o caso Palocci. Denunciar a política privatista desse governo e a tentativa de aprovação da MP-520/10 (derrotada no Senado); a entrega de vários aeroportos para administração privada, a corrupção e a intensificação da terceirização na saúde curativa (lei 8666), dentre várias outras medidas.

Neste momento, vários processos de luta ocorrem em nosso país, como a impressionante greve dos bombeiros do Rio de Janeiro. Nesse sentido, a solidariedade de classe e o apoio aos processos de luta e greves que ocorrem em nosso país devem nortear nossas ações no período. Sobretudo, precisamos defender com afinco a greve dos trabalhadores técnicos administrativos das Universidades Federais, como âncora para um processo mais amplo em funcionalismo federal. Significa aprovar moções de apoio, destacar companheiros para participação nos piquetes e assembléias e se envolver em todas as atividades promovidas pela FASUBRA e seus sindicatos de base.

16 de junho, de novo em Brasília
No marco da unidade, é fundamental fortalecer a convocação da Marcha a Brasília no dia 16 de junho, enviando o maior número de ônibus possível. Todos devem contribuir para uma grande manifestação! Assim, mesmo os setores que não tem tradição de envio de caravaneiros, mas possuam recursos financeiros, podem ajudar as categorias que querem enviar ativistas, mas têm dificuldades para locação de ônibus. Isso também é uma forma de demonstrar solidariedade.

Junto com a convocação da marcha, também é preciso eleger a totalidade de delegados em cada uma das categorias, para que as Plenárias Nacionais se transformem em grandes fóruns deliberativos apontando com legitimidade a continuidade do calendário do calendário de lutas e os próximos passos da Campanha Salarial Unificada-2011. No mesmo sentido, é preciso priorizar na base a discussão sobre a necessidade de construção da greve unificada, e por tempo indeterminado, para fazer o enfrentamento contra o governo e em defesa de nossas reivindicações. Devemos trabalhar isso durante a convocação, nos locais de trabalho, das assembléias, durante a viagem para Brasília e no decorrer da manifestação do dia 16 de junho. Esse debate proporcionará uma caracterização mais precisa do ânimo da categoria e nos dará o parâmetro necessário para definir os próximos passos nessas plenárias.

Preparar nossa aparição na marcha é muito importante e podemos organizar uma coluna expressiva da CSP-Conlutas, tendo muitas bandeiras, faixas e cartazes de nossas entidades e oposições sindicais. De acordo com as resoluções da última reunião da Coordenação Nacional de nossa Central, vamos colocar uma barraca com identificação de nossa Central na área de concentração – frente à Catedral de Brasília – para onde nossas delegações devem dirigir-se para organizar nossa saída.