Entidade também faz um chamado à unidade de açãoNos dias 15, 16 e 17 de outubro aconteceu à reunião da Coordenação Nacional da CSP- Conlutas – Central Sindical e Popular, realizada em Sarzedo (MG).

Participaram da reunião da Coordenação Nacional, representantes de 46 Entidades Sindicais, 17 oposições sindicais e minorias de diretoria de Entidades Sindicais, três movimentos populares urbanos, três movimentos de luta contra as opressões e três entidades estudantis. No total, foram credenciados 187 ativistas, sendo 124 representantes, com direito a voto, e 63 observadores.

No primeiro dia da reunião foi realizada uma mesa de discussão sobre a Situação Internacional, com a presença do professor da Unicamp Álvaro Bianchi e de Dirceu Travesso, dirigente da CSP-Conlutas, que esteve no mês passado participando das atividades das greves gerais na França e Espanha.

No mesmo dia, à tarde, foi realizada uma discussão sobre a situação nacional e as tarefas da central no próximo período. Em ambas às discussões foi apontada à necessidade de que a central realize atividades de solidariedade às lutas dos trabalhadores europeus e inicie a preparação de suas entidades e movimentos filiados e de sua base social para o processo de ataques aos direitos dos trabalhadores e do conjunto dos explorados e oprimidos seja que for o novo presidente.

A CSP-Conlutas aprovou uma resolução política sobre a conjuntura e as atividades, que tem como principal objetivo um amplo chamado à unidade de ação com todos os setores e entidades que estejam dispostos a reagir aos ataques que virão após as eleições. Especialmente a já anunciada reforma da Previdência, que novamente vai querer aumentar o tempo de trabalho para se aposentar.

O objetivo da central é organizar ainda para novembro deste ano uma reunião que dê os primeiros passos conjuntos entre todos estes setores para a construção de um plano de ação para o ano de 2011. Neste ponto, também foi discutida a necessidade do posicionamento da CSP-Conlutas sobre o segundo turno das eleições presidenciais.
Consta também com destaque no calendário de ação da central o dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra; o dia 22 de novembro – 100 anos da Revolta da Chibata; e o dia 25 de novembro – Dia de Luta Contra a Violência à Mulher.
No sábado foram realizados dois pontos muito importantes para a Central. O primeiro, sobre a organização da CSP-Conlutas e, o segundo, sobre o processo de reorganização depois da ruptura do Conclat.

No primeiro ponto, ficou definido que até o final do ano será considerada tarefa prioritária da central a sua organização e fortalecimento, com a realização das plenárias e Coordenações nos Estados e regiões para a eleição das Secretarias Executivas Estaduais. Outra tarefa importante de organização será a retomada com mais ênfase do processo de legalização da entidade junto ao Ministério do Trabalho.

No ponto sobre a reorganização, a Secretaria Executiva Nacional apresentou uma resolução comum que apontava para que as ações da central fossem prioritariamente em três sentidos: o primeiro, com o objetivo de fortalecer e organizar a CSP-Conlutas; o segundo, a nossa Central deve buscar construir um amplo movimento de unidade de ação com todas as entidades e movimentos que queiram resistir aos ataques que virão; e o terceiro, mas não menos importante, que a Secretaria Executiva Nacional siga realizando esforços com o objetivo de construir a possibilidade de uma reunificação orgânica com os setores que infelizmente romperam o Conclat, mas que também apontam a necessidade de retomarmos a discussão sobre a unificação.

Outro ponto alto da reunião foi à realização das reuniões setoriais, como o de educação básica, funcionalismo público federal, mulheres, negros, entre outras.

O domingo, último dia da reunião, foi dedicado à votação das resoluções. As principais resoluções foram aprovadas por ampla maioria dos votos. Como a resolução sobre o segundo turno, onde a central chama os trabalhadores à não apoiarem nem Dilma e nem Serra, a resolução sobre conjuntura e atividades, as duas aprovadas apenas com uma abstenção. E, a resolução sobre reorganização, que foi aprovada por unanimidade.

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