Prestes a embarcar para o Brasil, o dirigente da Batay Ouvriére, Didier Dominique, concedeu uma breve entrevista sobre a caravana da Conlutas. O Batay é uma organização haitiana semelhante à Conlutas, que coordena lutas sindicais e populares em todo o país.

Que balanço você faz da visita da delegação?
Didier – É um balanço muito positivo, em todos os sentidos. Vários setores de Batay Ouvriére e de outras organizações convidadas ficaram muito satisfeitos com a posição dos companheiros da Conlutas. Uma posição franca, clara e precisa. Apesar da pouca cobertura na imprensa, sabemos que a reação foi muito positiva. É raro uma delegação vir aqui criticar as tropas brasileiras. Essa posição corajosa foi muito bem vista pelos haitianos, que nos atos sempre saudavam e aplaudiam a delegação.

Quais são os próximos passos?
Didier – Creio que para a delegação foi muito positivo ver os problemas aqui, discutir com o povo, com os trabalhadores, camponeses, desempregados e mulheres. Ir aos atos discutir, sentir mesmo a recepção. E também a participação da delegação nos atos culturais, visitar a cidade de Houanaminthe, ir ao ritual de vodu. Isso conta muitíssimo para as relações humanas e de conhecimento. Eu acredito que as relações Conlutas e Batay são agora mais estreitas e de maior confiança. Nós fomos ao encontro do dia 25 de março. Agora os brasileiros da Conlutas vieram aqui, conheceram não somente o país, mas a Batay, sua organização e seu povo.
Post author Por Rodrigo correia, especial para o Opinião
Publication Date