Nem o Banco Mundial, um dos principais organismos multilaterais, ao lado do FMI, escapou da corrupção. O banco, responsável pela aplicação da política neoliberal no mundo, vê seu presidente, Paul Wolfowtz, balançar após a revelação de que ele promoveu e aumentou o salário de sua namorada dentro da instituição.

O caso expôs a hipocrisia do banco que, junto das medidas neoliberais que impõe aos países periféricos, critica a corrupção desses países. O presidente do banco chegou a se referir à corrupção como “a pior ameaça para a democracia desde o comunismo“. Antes de assumir a presidência do banco, Wolfowtz era o número dois do Pentágono, sendo um dos principais responsáveis pela política de ocupação do Iraque.

O escândalo gerou crise no interior da instituição e em sua relação com os outros órgãos do imperialismo. Uma carta de altos funcionários do Bird exige a renúncia do presidente. A União Européia também pediu a cabeça de Wolfowtz. No entanto, ele se nega a renunciar. Paul Wolfowtz chegou até mesmo a contratar o advogado Robert Bennet, o mesmo que defendeu o então presidente Bill Clinton das acusações realizadas pela ex-estagiária Mônica Lewinski.

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