Na sexta, dia 12, estudantes se reúnem em grupos de discussão e encerram credenciamentoO segundo dia do Congresso Nacional de Estudantes, 12 de junho, contou com um debate sobre a crise econômica, uma mesa sobre a mobilização da USP. Também tiveram início os trabalhos em grupos de discussão.

O painel sobre crise econômica foi composto pelo historiador, professor do CEFET-SP e dirigente do PSTU, Valério Arcary, o operário da construção civil e militante do PSTU Atnágoras Lopes, a professora da UFRJ Vera Salim e o estudante de direito da UFAL Eli Magalhães.

Atnágoras falou sobre a luta pelo socialismo, que é a luta por tempo livre e felicidade. “Uma das grandes reivindicações desta campanha salarial da construção civil de Belém do Pará é ter uma fruta no café da manhã. Essas coisas que parecem tão simples são a essência das consequências do capitalismo nas nossas vidas”. “Para que os trabalhadores da construção civil tenham direito a uma fruta, para que os trabalhadores do campo tenham terra, é preciso que vocês estejam do nosso lado, como irmãos de classe, lutando por tempo livre e felicidade, por uma sociedade justa e igualitária”, finalizou.

Vera falou sobre os efeitos da crise na educação e afirmou: “não vamos fazer proposta nacional desenvolvimentista como saída para a crise. Vamos dizer sim a uma proposta socialista. Precisamos derrotar o capitalismo e isso não se faz com propostas reformistas, mas com luta, organizando o proletariado e a nossa juventude”.

Eli também falou desta unidade: “Nossa luta pela educação não está separada da luta pela superação dessa sociedade, pela fundação de uma nova sociedade, justa, igualitária e fraterna”.

Valério também encerrou debatendo a necessidade estratégica do socialismo: “No período histórico que vivemos, a burguesia não aceita mais fazer reformas no sistema. E se ela não aceita, mostremos nós que é preciso derrubar o sistema. É preciso acreditar que a vitória está ao alcance das nossas mãos, que é possível vencer”. No mesmo dia, na parte da noite, Valério participou de uma atividade do PSTU, sobre os 15 anos do partido.

Logo em seguida, houve uma mesa para debater a mobilização na USP que está enfrentando a tropa de choque, na qual representantes de funcionários, professores e estudantes informaram aos estudantes de todo o país presentes no Congresso os fatos ocorridos nos últimos dias. Também foi feito um chamado para que todos apóiem esta luta.

Durante o restante do dia houve debates em grupos de discussão. O credenciamento se encerrou no final deste segundo dia, totalizando quase 2 mil pessoas participantes.