O atual ciclo de crescimento econômico proporcionou um aumento na taxa de lucros dos empresários e banqueiros, que desfrutam como podem do banquete. Para os trabalhadores, no entanto, sobraram as migalhas.

Lula tenta capitalizar o crescimento da economia, dizendo que é resultante de suas “decisões estratégicas”. Pura invenção. A economia cresce em todo o mundo – e não importa se o governo é de direita ou da “esquerda” social-democrata – impul­sio­nada pela economia dos EUA.

Mas o equilíbrio é instável, como ficou patente na recente crise das bolsas. A crise financeira abalou os mercados e trouxe uma série de incertezas. Embora as autoridades afirmem que não se trata de uma crise estrutural, a atuação coordenada dos principais bancos centrais do imperialismo, com o poderoso Federal Reserve à frente, injetando rapidamente cerca de U$ 700 bilhões para socorrer os bancos em crise, contrasta com esse aparente otimismo.
O fato é que a bolha especulativa imobiliária – que sustentou a economia norte-americana nos últimos anos – estourou. A aparente calmaria dos mercados financeiros, obtida às custs de gigantescas quantidades de dólares, pode preceder períodos de grandes tormentas.

A crise é inevitável. Não está claro o ritmo em que este processo irá se dar. Mas essa nova crise afetará diretamente o Brasil. E, com isso, uma das bases da popularidade do governo virá abaixo, afetando inclusive seus programas de compensação social.

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