Evo Morales apela para suspensão da greveDurante a última semana, diversas categorias iniciaram seus protestos acatando o chamado à greve geral da Central Operária Boliviana (COB). Pouco a pouco, pequenos comerciantes, professores, estudantes, trabalhadores das fábricas e desempregados organizaram mobilizações e passeatas exigindo do presidente Carlos Mesa a nacionalização do gás e do petróleo no país.

Além disso, chamou atenção a quantidade de movimentos que, com métodos radicalizados, pautaram reivindicações ao governo. No dia 4 de maio, 280 camponeses ocuparam 12 mil hectares de terras públicas na região norte do país, exigindo a desapropriação e a nacionalização do gás. No dia seguinte, quatro mil índios guaranis bloquearam todos os acessos aos campos petroleiros da região do Chaco, exigindo a presença do presidente Mesa, para que explicasse porque assinou o contrato de venda do gás a Argentina. Do outro lado do país, uma marcha de desempregados arrancou promessas do governo de retornar o seguro-desemprego de 480 bolivianos.

Já Evo Morales e seu partido, o MAS, estão na linha de frente de defesa do governo. Agora estão pedindo para a COB suspender as mobilizações e negociar com os chefes dos partidos liberais alegando que a responsabilidade é do parlamento e não do governo.

Para o presidente da Confederação Nacional de Camponeses, Felipe Quispe, o Malku, o dia 7 de maio foi reservado para preparar os bloqueios de estradas do fim de semana. Ele avisa: “Turistas e visitantes, saiam do país agora se não quiserem ficar presos nas barricadas”.

Post author Yuri Fujita, da redação
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