Comunidade árabe da cidade, movimentos sociais do Brasil e da Bolívia realizam passeata e ato públicoA pouco mais de 400 km da capital do Estado de Mato Grosso do Sul, o município de Corumbá parou no dia 15 de janeiro. O comércio fechou as portas em solidariedade ao povo palestino. Na maioria do comércio local nas portas fechadas continha uma tarja preta e cartazes pedido o fim do massacre em Gaza. Centenas de corumbaenses, ladarenses e irmãos bolivianos realizaram uma das maiores passeatas dos últimos tempos no município. A última passeata já vista foi quando da desativação do trem de passageiros, nos anos 90.

Mesmo a presença dos presidentes Lula e Evo Morales não impediu que a população local e vizinha repudiasse os ataques de Israel contra o povo palestino. Por volta das 15h30, debaixo de um sol escaldante, centenas de crianças, jovens, adultos e idosos fechavam a Rua Frei Mariano e logo em seguida percorriam as principais ruas, no centro da cidade. Durante o percurso houve chuva, mas mesmo assim os manifestantes não se inibiram e continuaram firme no seu propósito. Lideranças do movimento ao longo do percurso expunham à população a real situação do Povo Palestino e pelo lado da população recebiam apoio irrestrito.

Ao final do percurso no Jardim da Independência, no centro da cidade, foi realizado um ato público contra o massacre à população de Gaza, na Palestina, numa guerra protagonizada por Israel e hoje já são mais de mil mortos, entre eles crianças, mulheres e idosos.

O povo corumbaense sempre se mostrou solidário a povos oprimidos, como durante a invasão dos EUA no Iraque, quando a população saiu às ruas condenando a guerra. Hoje há mais de 250 famílias árabes em Corumbá. Lideranças locais usaram da palavra em defesa do Estado da Palestina e contra a Guerra. As palavras de ordens mais ouvidas ao longo do percurso foram “A Paz começa na Palestina” e “Palestina Livre”.

Para as lideranças da Liga e da Sociedade Árabe-Palestino Brasileira de Corumbá, a solidariedade que o povo corumbaense e boliviano dão aos palestinos servem de estímulo para que realmente o mundo entenda que a Palestina deve ser livre.

A liderança do PSTU e militante da Conlutas no município usou da palavra: – Como brasileiro gostaria muito que o presidente Lula também rompesse as relações diplomáticas com Israel, como fizeram Venezuela e Bolívia, e mandasse o embaixador israelense sair do país. Ao final, atirou o seu sapato, contra o imperialismo norte-americano e Israel.