Eleito sob o discurso da “ética na política”, o governo Lula entrará para a história como um governo tão corrupto quanto FHC ou ainda mais. O escândalo do “mensalão” agitou o país em 2005, expondo de forma bombástica as entranhas corruptas do Congresso. A crise que começou como um mero caso de desvio de recursos públicos na direção de uma estatal logo se transformou na pior crise política desde o governo Collor.

Revelou-se um megaesquema de pagamentos de propinas, o “mensalão”, a parlamentares da base aliada para a compra de votos em questões importantes para o governo. Foi assim que Lula conseguiu, por exemplo, aprovar a reforma da Previdência em 2003. No final, o Congresso Nacional, aliado ao Planalto, conseguiu impor uma monumental pizza. Apenas três deputados foram cassados no maior escândalo político da história.

Em 2006, nem bem havia terminado a crise do mensalão, explodiu o escândalo dos sanguessugas, que revelou um grande esquema de superfaturamento de emendas para a compra de ambulâncias. Nada menos que 80 senadores e deputados foram investigados pela Polícia Federal, mas ninguém foi punido até agora. Assim como no caso do “mensalão”, tanto a oposição de direita como o PT foram envolvidos, o que garantiu o grande acordo e a impunidade.

Agora o escândalo da Gautama demonstra, entre outras coisas, que o verdadeiro significado do PAC de Lula é “Plano de Aceleração da Corrupção”.

O PT e a corrupção
Ao optar pela administração dos negócios da burguesia contra os trabalhadores explorados, o PT incorporou a mesma corrupção dos governos burgueses anteriores. Isso ocorreu quando o PT fez uma opção clara de adaptação ao regime democrático-burguês e adotou como eixo de suas atividades as eleições. Desde então, a principal preocupação de seus dirigentes é com a próxima eleição, em como manter seus cargos, salários e privilégios. A partir daí passou a ser necessário e correto buscar o dinheiro sujo das empresas e da corrupção para pagar as campanhas eleitorais caríssimas e depois cumprir à risca as exigências das empresas.

Na América Latina, outras organizações de esquerda trilharam o mesmo caminho, como é o caso da FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional) ou da Farabundo Martí, que se transformaram em partidos eleitorais e passaram a fazer parte da corrupção do Estado capitalista.

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