Cena da greve em 2011
Agência Brasil

Os trabalhadores dos Correios tem data base em 1° de agosto, estão em negociação com a empresa desde 27 de julho quando a FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), protocolou a sua pauta de reivindicação.

Mais uma vez, a categoria está enfrentando as dificuldades de sempre, e este ano, enfrentam a política do governo e da empresa de não querer dar aumento real. Também estão enfrentando um processo de ruptura na FENTECT que aconteceu no último congresso da categoria realizado em junho. A categoria se organiza em 35 sindicatos em todo país. A grande maioria dos sindicatos é filiada à CUT e à CTB, sendo que a última dirige os maiores sindicatos, o de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Devido uma crise política na direção da federação, que levou ao rompimento de quatro sindicatos (todos ligados à CTB), a campanha salarial deste ano está sendo atípica. As negociações estão se dando com duas mesas e pautas diferentes. Essa situação tem trazido muita confusão na categoria e atrapalhado a mobilização, muitos estão inseguros com a divisão e em fazer a greve.

Proposta da empresa
Aproveitando da crise na direção do movimento, a empresa apresentou duas propostas rebaixadas, uma de 3% de reajuste, outra de 5,2%, que foram rejeitadas pela categoria, Além disso, a empresa ameaça retirar direitos.

Greve
O calendário da categoria apontava greve para o dia 11 de setembro. Porém, em uma demonstração de lealdade ao governo, a CTB e CUT trataram de quebrar a greve, boicotam mobilizações e realizam manobras para impedir a greve e um enfrentamento com o governo.

FNTC chama a unidade
A Frente Nacional de Trabalhadores dos Correios (FNTC), desde o começo da campanha, vem insistindo que a saída é a unificação da categoria. Avaliamos que só com mesa, calendário e pauta única poderemos enfrentar a empresa e o governo. Neste sentido, os sindicatos que compõem a FNTC defendem greve por tempo indeterminado da categoria, a partir do dia 19 de setembro.