Os trabalhadores dos correios têm data base em 1° de agosto. Eles estão em negociação com a empresa desde 27 de julho, quando a FENTECT protocolou a sua pauta de reivindicações. Mais uma vez, a categoria está enfrentando dificuldades. Este ano, além de enfrentar a política do governo e da empresa de não querer dar aumento real, também estão enfrentando uma ruptura na Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FENTECT), que aconteceu no último congresso da categoria, realizado em junho. A categoria se organiza em 35 sindicatos em todo o país. A grande maioria dos sindicatos é filiada à CUT e à CTB, sendo que a última dirige os maiores sindicatos, o de São Paulo e o do Rio de Janeiro.

Devido a uma crise política na direção da federação, que levou ao rompimento de quatro sindicatos (todos ligados a CTB) a campanha salarial deste ano está sendo atípica. As negociações estão se dando com duas mesas e pautas diferentes. Essa situação tem trazido muita confusão e atrapalhado a mobilização. Muitos estão inseguros com a divisão e em fazer a greve.

Proposta da empresa
Aproveitando a crise na direção do movimento, a empresa apresentou duas propostas rebaixadas, uma de 3% de reajuste, outra de 5,2%, que foram rejeitadas pela categoria, Além disso, a empresa ameaça retirar direitos.

Greve
O calendário da categoria apontava greve para o dia 11 de setembro. Porém, numa demonstração de lealdade ao governo, à CTB e à CUT trataram de quebrar a greve, boicotar mobilizações e realizar manobras para impedir a greve e um enfrentamento com o governo.

FNTC chama a unidade
A Frente Nacional de Trabalhadores dos Correios (FNTC), desde o começo da campanha, vem insistindo que a saída é a unificação da categoria. Avaliamos que só com mesa, calendário e pauta única poderemos enfrentar a empresa e o governo. Nesse sentido, os sindicatos que compõem a FNTC defendem greve por tempo indeterminado, a partir do dia 19 de setembro.

Post author Geraldo Rodrigues, de São Paulo
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