O Rio de Janeiro sediou um seminário nacional contra a abertura do capital e a privatização dos Correios, nos dias 30 e 31 de janeiro. O objetivo foi debater e organizar a resistência ao Correios S/A, projeto que privatiza a Empresa de Correios e Telegráfos (ECT). Enquanto fechávamos esta edição, o governo anunciou que o projeto será enviado ao Congresso Nacional após o carnaval.

O seminário foi convocado pelo bloco de 17 sindicatos contrários ao acordo coletivo de dois anos assinado pela federação (Fentect), traindo a greve de 2009. A partir daí, surgiu o bloco de sindicatos. Reunindo diferentes forças políticas, também é uma expressão da reorganização política pela qual passa o movimento sindical.

No Rio, foi aprovada a convocação de um congresso extraordinário da federação, para organizar a campanha salarial. Para os militantes do PSTU, é preciso destituir a atual diretoria, cuja maioria está totalmente subordinada à direção dos Correios e ao governo Lula.

Campanha
Estiveram presentes 14 sindicatos e quatro oposições. Foram realizadas mesas com todas as forças políticas que compõem o bloco e com o Ilaese (Instituto Latino-Americano de Estudo Sócio-Econômicos). O debate sobre a privatização iniciou a partir da análise da crise econômica e do papel que o capital financeiro reserva aos serviços públicos, cada vez mais precarizados.

Os trabalhadores debateram o relatório do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), que disfarça a privatização de reestruturação; as empresas de sociedade anônima; e as conseqüências aos trabalhadores. Ao final, decidiu-se levar o seminário aos estados e aprofundar o estudo.

Os trabalhadores vão levar a campanha às ruas: milhares de cartilhas, jornais, cartazes e adesivos serão impressos. Duas cartas serão feitas: uma para a população e outra diretamente ao presidente Lula, exigindo que cumpra o compromisso de não privatizar os Correios.
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