Acabou há pouco a reunião de conciliação entre o comando de greve dos Correios e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A empresa não apresentou nenhuma. A empresa não apresentou nenhum avanço para a categoria.

A ECT manteve a proposta de 4,5% de reajuste. Já o aumento linear de R$ 100 foi condicionado a não haver pedido de aumento real no próximo ano. A ECT também quer descontar todos os dias parados.

O comando rejeitou a proposta que, agora, vai à votação nas assembleias de trabalhadores. “Isso é uma armação que, na prática, é a mesma coisa que o acordo bianual”, disse Geraldinho Rodrigues, diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) e membro da Oposição Nacional Conlutas.

Os trabalhadores exigem aumento linear de R$ 300, retomada das negociações do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), ampliação do quadro de funcionários, entre outros pontos. O salário base da categoria hoje é de apenas R$ 648,12.

A assembleia de São Paulo está começando neste momento. No final do dia, acontecem assembleias nos demais estados. Estão em greve 25 sindicatos em todo o país, apesar da atuação da burocracia sindical, que tenta acabar com a greve. Dez sindicatos já aceitara o acordo rebaixado.

Para Geraldinho, os sindicalistas ligados ao governo – CTB e CUT – entenderam o recado de Lula, que disse, na sexta-feira passada, que era preciso ter coragem para acabar com a greve. Ele disse que “é vergonhoso o papel que a burocracia sindical de alguns membros da Fentect”, que estão auxiliando a empresa e o governo a derrotar os trabalhadores.