Ana Luíza será alternativa socialista nessas eleições em São Paulo
Fotos Sérgio Koei

Ana Luíza, servidora pública federal, será uma alternativa à falsa polarização entre PT e PSDBNo dia 16 de junho, sábado, o PSTU anunciou oficialmente a candidatura da servidora Ana Luíza Figueiredo à prefeitura de São Paulo. A convenção reuniu cerca de 120 pessoas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, entre professores, servidores públicos, estudantes, ativistas de movimentos populares, bancários e operários.

Durante a convenção, Valério Arcary, em nome da direção nacional do PSTU, resgatou o histórico de lutas de Ana Luíza, que já militou em diversas categorias como bancários, e foi uma das fundadoras do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal de São Paulo (Sintrajud), tornando-se uma das principais dirigentes do funcionalismo público atualmente. “Há 30 anos, esta mulher dedica sua energia à luta dos trabalhadores. E é com este passado e presente que a nossa candidata apresentará nestas eleições um programa socialista e revolucionário para a cidade de São Paulo, contra a falsa polarização do PT e PSDB”, anunciou Arcary.

Também foram apresentados os nomes do partido para a Câmara Municipal. Entrarão na disputa a dirigente metroviária Marisa Santos, a professora municipal Lourdes Quadros e o professor da rede estadual João Zafalão.

São Paulo para os trabalhadores
Com o lema “São Paulo para os Trabalhadores”, a candidatura de Ana Luíza será uma alternativa aos candidatos do PT e PSDB. Mais que em qualquer outro lugar, as eleições em São Paulo refletem a disputa nacional entre essas duas forças políticas que, diluídas qualquer diferença ideológica ou política, hoje se reduz à mera disputa do aparato de Estado.

De um lado, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) que, através da política do Reuni, intensificou o sucateamento das Instituições Federais de Ensino, o que levou professores e estudantes a realizarem uma das maiores greves do setor há anos. Para piorar nesse dia 18 o PT anunciou a aliança com Paulo Maluf, um dos símbolos da corrupção no país cujo nome consta na lista de procurados da Interpol. Do outro lado, José Serra, do PSDB, partido diretamente responsável pelas privatizações no Governo Federal nos anos 1990 e, mais recentemente em São Paulo, pela brutal repressão às famílias do Pinheirinho. Em contraponto à frente popular e à direita tradicional, Ana Luíza apresentará um programa para os trabalhadores da cidade de São Paulo.

“Nestas eleições, apresentaremos um programa para os trabalhadores, mostrando que é possível enfrentar os gravíssimos problemas sociais da nossa cidade ao rompermos com o domínio das grandes empresas. Seremos financiados pelos trabalhadores e a nossa candidatura estará a serviço das suas lutas”, declarou a candidata Ana Luíza.

Um programa dos trabalhadores
Durante todo o dia de sábado, os militantes, simpatizantes e convidados discutiram um programa socialista para a cidade. O renomado sociólogo Chico de Oliveira saudou o seminário e as candidaturas do PSTU, apontando a importância de partidos de esquerda que não se venderam e não mudaram de lado. O seminário de programa eleitoral discutiu temas como Saúde, Transporte, Reforma Urbana, Educação, Opressões (machismo, racismo e homofobia), e as lutas sociais que ocorrem no país e no mundo atualmente.

Além de debater os principais problemas da cidade sob um ponto de vista de classe, os participantes fizeram questão de apontar medidas concretas para resolver cada questão, atacando os privilégios dos ricos para construir uma São Paulo para os trabalhadores.