Os EUA realizaram uma operação para eliminar os focos de insurgência no Iraque. As forças norte-americanas mataram 75 pessoas só nas últimas 24 horas. A nota divulgada pelas tropas diz que a operação, na província de Al Anbar, próxima à fronteira com a Síria, envolveu o uso de forças terrestres e de aviões. A região, ao norte do Rio Eufrates, seria usada pela resistência como base militar. A nota não diz se houve mortos ou feridos do lado das tropas invasoras.

A contra-ofensiva norte-americana para eliminar os focos de resistência já tinha se iniciado no final de semana. Segundo o jornal “The Chicago Tribune“, mais de mil soldados com jatos e helicópteros atacaram vilarejos perto de Obeidi no domingo. De acordo com o jornal, a ação deve durar vários dias.

Ao realizar os ataques, as tropas norte-americanas perceberam que há um apoio popular por trás dos ataques iraquianos. Alguns fuzileiros navais disseram que os moradores do vilarejo atacado no domingo apagaram suas luzes durante a noite, aparentemente para avisar as cidades vizinhas da chegada dos norte-americanos.

Desde que o novo governo foi anunciado, em 28 de abril, o Iraque viveu dias de ataques insurgentes contra a invasão norte-americana, que deixaram cerca de 300 mortos e um número incontável de feridos. Os principais alvos têm sido soldados norte-americanos e forças policiais iraquianas, aliadas da ocupação no país.

Apesar da contra-ofensiva das tropas norte-americanas, os insurgentes não cessaram os ataques. A explosão de um carro-bomba matou dois policiais iraquianos e dois civis no sul de Bagdá no mesmo dia, deixando ainda nove pessoas feridas.

Enquanto isso, o primeiro-ministro Ibrahim Jaafari ainda está tentando formar o governo. O Parlamento finalmente aprovou no dia 8 os nomes para os cargos de ministros da Defesa e do Petróleo, mas dois postos continuam vagos. O novo ministro da Defesa é Saadoun Al-Dulaimi, que é árabe sunita. Ibrahim Bahr Al-Uloum, xiita, ficou com a pasta do Petróleo. A presença dos sunitas no novo governo é uma tática para retirar qualquer apoio que os insurgentes tenham entre a minoria.