Esta é a democracia burguesa, a democracia para os ricos e corruptos, a ditadura para os trabalhadores. A grande maioria do povo deste país está contra o plano econômico e contra a corrupção. Mas isso se mantém, porque nesta democracia, com eleições controladas pelo capital, a grande burguesia sempre vence.

É um jogo de cartas marcadas: as grandes empresas impulsionam os grandes partidos, e financiam suas eleições milionárias. Quando surgem partidos como o PT, ganham suas direções por cargos ou diretamente da corrupção. As grandes empresas conseguem assim financiar os partidos tanto da situação como da oposição com chances de ganhar uma eleição. Depois cobram seu apoio com contratos milionários do Estado. O programa aplicado por esses governos é sempre o mesmo, ditado por estas empresas e o imperialismo via FMI.

É necessária uma revolução socialista no país, e a construção de um novo Estado, dirigido por trabalhadores. É possível acabar com a corrupção, acabando com as grandes empresas que são as grandes corruptoras e acabando também com o Estado atual. É preciso um novo Estado, com funcionários eleitos e controlados pela base, podendo ser destituídos a qualquer momento. Os salários desses funcionários devem ser iguais aos de um operário. Com um Estado assim, os trabalhadores na base podem controlar os funcionários, e evitar a corrupção.

Só assim poderemos ter um verdadeiro governo dos trabalhadores, sem patrões, que rompa com o imperialismo, com a Alca, a dívida externa e o FMI!

Contra o governo Lula e o Congresso corruptos!
Prisão e expropriação dos bens dos corruptos e corruptores!
Chega de arrocho e desemprego. Abaixo a política econômica de Lula e do imperialismo!

Todos às ruas! Vamos à marcha do dia 17 de agosto em Brasília!

Até este momento não existe nenhuma resposta, unificada, nacional, do movimento de massas, para responder à crise política. Ocorreram pequenos atos de vanguarda combativos em várias cidades. É necessário superar esta situação.
Foi aberto um momento favorável para que o movimento de massas venha às ruas, assuma o primeiro plano da vida nacional, com a crise e o enfraquecimento do governo. Esta crise nas alturas pode se fechar com um acordo entre a oposição burguesa e o PT, para canalizar tudo para as eleições de 2006.

A Conlutas convocou uma marcha à Brasília para o dia 17 de agosto. O PSTU soma-se a esse chamado, com todas as nossas forças. Não se trata somente de uma luta contra a corrupção. É o momento de construir uma alternativa política de esquerda, que não se confunda com a oposição burguesa (PSDB e PFL).

É o momento de unificar os setores que lutam contra a reforma Sindical e Trabalhista e de unificar as categorias que lutam por aumentos salariais, como o funcionalismo federal.

Queremos chamar a esquerda da CUT e do PT para que venham se somar à preparação desta marcha. Chamamos o P-SOL, para que não se restrinja ao Parlamento (como Heloísa Helena, na CPI chapa-branca), e alguns atos locais fechados. É preciso uma resposta nacional com mobilização ampla e unificada, de um pólo de esquerda, classista, contra a corrupção e a política econômica do governo.

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