Marcha à Brasília, em 2005, contra a corrupção do governo Lula
Arquivo PSTU

A preparação para o Encontro Nacional Contra as Reformas neoliberais do governo Lula vem se ampliando em todo o país, abarcando diversos setores dos trabalhadores. O evento, que será realizado no próximo dia 25 de março, na capital paulista, deverá reunir milhares de ativistas para organizar a luta em defesa dos direitos, forjando a unidade de classe contra os ataques preparados pelo governo.

A convocatória do encontro é assinada por: Conlutas, Fórum Sindical dos Trabalhadores, MTL, MTST, CEBs, Pastorais Sociais de São Paulo, Cobap, Frente de Luta contra a Reforma Universitária, Andes, ASSIBGE, Condsef, Fenafisco, Fenafisp, Fenasps, Sinait, Sinasefe e Conlute. O amplo espectro expressa um campo crescente de organizações contra a política do governo.

“O Andes deliberou que a prioridade das lutas neste período será contra as reformas do governo, e as iniciativas do encontro estão perfeitamente afinadas com as nossas propostas”, afirma Luiz Henrique Schuch, secretário geral do Andes, que defendeu, ainda, a forma de organização desta frente em defesa dos trabalhadores. “A concepção do movimento que se dá aqui está correta, porque constitui uma frente ampla reunindo os movimentos sociais, sindical, etc., sob os eixos da luta contra as reformas, em defesa do serviço público e da soberania”, afirmou.

Em seu 26º Congresso, o Andes aprovou, no último dia 2, a filiação da entidade à Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas). A filiação do sindicato à nova central une o movimento à luta dos demais trabalhadores contra as reformas da Previdência, universitária, sindical e trabalhista pretendidas pelo governo Lula.

Unificar lutas
Nas últimas semanas, vários outros setores somaram-se à construção do encontro, ampliando o arco de entidades. O dia 25 contará com uma delegação do MST e a participação da Intersindical. Ou seja, além do amplo campo de forças políticas comprometidas com a construção do encontro, o evento também firmará a aliança entre trabalhadores urbanos, integrantes dos movimentos sociais e populares e estudantes.

“É uma necessidade unificar as lutas contra as reformas no dia 25 de março, e estamos conseguindo este objetivo”, afirma José Carlos Schulte, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio e coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, que reúne 14 confederações sindicais nacionais. “Acho que essa unidade vai se ampliar porque o descontentamento é muito amplo”, completa. A luta em defesa do ensino público também está pautada. “Estamos ajudando a construir a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária, e nossa prioridade serão os encontros do dia 25 e 26 [da Frente Contra de Luta contra a Reforma Universitária] para construirmos uma luta comum”, afirma Artur Monte, membro da Frente de Oposição de Esquerda (FOE) e do DCE da Unicamp.

Supervisor
Nessa semana, Bush estará no Brasil. Apesar de todo o ódio da população, ele será recebido com pompa por Lula. Bush deseja “supervisionar” como andam as reformas neoliberais e vai recomendar a sua aceleração. Lula, por sua vez, quer mostrar que está fazendo o dever de casa. Uma boa prova disso é o fato de Lula ter defendido essa semana um dos pontos centrais da reforma sindical: a proibição de greves no funcionalismo público.
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