Estimativa é de que mais de 10 mil operários estejam em greve

Reunidos em frente à Prefeitura de Cubatão nesta segunda-feira (13/05), cerca de 2 mil trabalhadores da construção civil de Cubatão rejeitaram por unanimidade a  mais recente contraproposta apresentada pela patronal na última sexta-feira (10/05).

A estimativa é de que mais de 10 mil operários estejam em greve. A mobilização acontece há mais de uma semana.

O rechaço à contraproposta foi tão grande que as primeiras manifestações de rejeição foram iniciadas antes da leitura final da oferta patronal pelo Sindicato. Os dirigentes do Sintracomos demonstraram serem favoráveis à aceitação da proposta, mas não tiveram muitas chances de defender a oferta das empresas diante de uma categoria radicalizada e disposta à luta.

A assembleia aconteceu logo após uma passeata realizada pelos trabalhadores, que foi iniciada no tradicional Cruzeiro Quinhentista da Cidade, que fica em frente ao prédio administrativo da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão. O monumento marcou importantes momentos históricos da categoria petroleira, como as greves da década de 1980 e a histórica greve de 1995.

Com muitas empresas sequer pagando em dia o salário dos trabalhadores, assim como PLR, horas extras e outros benefícios, a indignação da categoria diante da recusa das empresas em atender as reivindicações é cada vez maior.

As empresas ofereceram na última contraproposta reajuste salarial de 9%, R$ 17 de vale alimentação e participação nos lucros ou resultados (plr) equivalente a 1,3 salário nominal. Aos eletricistas montadores, os patrões ofereceram realinhamento, elevando o salário hora para R$ 8,01, apenas R$ 0,60 abaixo do reivindicado.

A categoria reivindica reajuste salarial com base na inflação de 12 meses, mais aumento real de 8%, vale-alimentação de R$ 20,00, correção da grade salarial e um salário e meio da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR).

O PSTU está acompanhando a luta da categoria e desde o seu início tem se colocado à disposição dos trabalhadores para fortalecer a greve. Todas as nossas forças e solidariedade estão a serviço das reivindicações por melhores salários e condições de trabalho.

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