No último dia 13 foi lançado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que reuniu mais de 400 pessoas – entre ministros, parlamentares e conselheiros – no salão nobre do Palácio do Planalto.
Lula, no lançamento do Conselho disse que é preciso “co-responsabilização”. Ou seja, quer dividir responsabilidades sobre o encaminhamento das reformas neoliberais. A prioridade de suas reuniões será a discussão das reformas previdenciária, tributária e trabalhista. Foi fixado um prazo de 90 dias para a elaboração de uma proposta de reforma da Previdência.
Em um primeiro momento, estava previsto que os temas polêmicos seriam votados e a posição majoritária adotada como “recomendação” ao governo. Mas finalmente decidiu-se que o Conselho terá uma função mais consultiva. “Quando não houver consenso entre os conselheiros, o secretário-executivo remeterá ao presidente e publicará no Diário Oficial as posições divergentes”, diz o regimento do órgão (FSP 14/02/03).
Dos 82 membros do CDES, 41 são empresários. Um dos membros ilustres é nada mais nada menos que Luís Otávio Gomes da Silva, ex-sócio de PC Farias que ainda responde a processo por sonegação fiscal e falsi-dade ideológica. Apenas 13 são sindicalistas.
Mesmo que as polêmicas não sejam mais levada a voto, fica claro o caráter burguês deste conselho neoliberal. É uma vergonha que entidades como a CUT e a UNE participem deste órgão e dêem a ele aval diante dos trabalhadores e estudantes brasileiros como organismo de “diálogo” com a sociedade. Estas entidades devem não só romper com o CDES mas inclusive denunciar o seu caráter reacionário.
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